VICO E ESPINOSA: SOBRE AS VICISSITUDES DAS LÍNGUAS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2018.151538Palavras-chave:
Filologia;, História;, Filosofia;, Linguagem, Imaginação, VulgoResumo
Não obstante as críticas de Giambattista Vico ao pensamento de Espinosa, é possível estabelecer uma relação de proximidade entre os dois. Se as críticas distanciam, o interesse histórico-filológico aproxima. Com efeito, para o estabelecimento de certa convergência entre os propósitos filosóficos dos dois autores, elencam-se os seguintes pressupostos: i) tanto na Ciência Nova, quanto no Tratado Teológico-Político, a filologia não é apenas conhecimento textual das línguas, porém via de acesso à história de um povo, pois guarda as mutações temporais da vida civil e a memória do mundo de sentido no qual se gesta; ii) a língua não é uma criação do rigor do entendimento, isto é, não é criação dos filósofos, mas da imaginação, portanto do vulgo. Desse modo, toda via de acesso ao conhecimento do passado passa inevitavelmente pela potência da imaginação-fantasia: questão que interpela Espinosa na história dos hebreus e Vico na natureza comum das nações.
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