CETICISMO ACADÊMICO NAS "RÈGLES POUR LA DIRECTION DE L'ESPRIT (I, II, III, IV) DE DESCARTES

Auteurs

  • Marcelo de Oliveira Universidade Federal Fluminense

DOI :

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.196135

Mots-clés :

Conhecimento, Sabedoria, Assentimento, Verossímil, Dúvida

Résumé

O ceticismo acadêmico se encontra utilizado na formulação dos preceitos epistêmicos para a reformulação da ciência, nas Règles Pour La Direction De L’Esprit (1701, Amsterdam, texto póstumo e inacabado). O probabilismo de Carnéades, compreendido como o principal vetor do ceticismo acadêmico na modernidade, fundamenta a certeza. Outras teses para a correção epistêmica do espírito parecem advir da tradição acadêmica, como a definição de science como sagesse, por exemplo (Règle I). Desse modo, a busca da verdade (coordenada principal das Règles, como nos evidencia a Règle IV) não abdica do ceticismo. Tratar-se-á, neste artigo, de compreender que o probabilismo acadêmico aparece no projeto de busca da verdade das Règles de modo negativo, pois Descartes ataca a modalidade do provável. Outros tópicos acadêmicos aparecem em questão, como a busca de sabedoria, a mitigação da dúvida, a disciplina do assentimento pela recusa do provável e a verdade do fideísmo. Estes tópicos se resumem ao método acadêmico, definido pela recursividade epistêmica. 

##plugins.themes.default.displayStats.downloads##

##plugins.themes.default.displayStats.noStats##

Références

CHARRON, P. (1981). De la Sagesse. Paris: Fayard.

CICERO, M. T. (2012). Luculo (Academica priora) e Da Antiga à Nova Academia (Academica posteriora). In: Textos Filosóficos. Tradução de J.A Segurado e Campos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, pp. 93-245.

CURLEY, E. M. (1978). Descartes against the skeptics. Cambridge: Harvard University Press.

DESCARTES, R. (1953). Œuvres et Lettres. Paris: Librairie Gallimard.

GILSON, E. (1913). La liberté chez Descartes et la théologie. Paris: F. Alcan.

MONTAIGNE, M. (2004). Les Essais. Édition de Pierre Villey. Paris: Presses Universitaires de France.

PAGANINI, G. (2008). Skepsis. Le débat des modernes sur le scepticisme. Paris: J. Vrin.

POPKIN, R. (2003). The History of Scepticism: From Savonarola to Bayle. Oxford: Oxford University Press.

RODIS-LEWIS, G. (1995). Descartes: uma Biografia. Rio de Janeiro: Editora Record.

SCHMITT, C. B. (1972). Cicero Scepticus: a study of the influence of the Academica in the Renaissance. The Hague: Martinus Nijhoff.

SEXTUS EMPIRICUS. (1949). Against Professors. London: Harvard University Press, Loeb Classical Library.

WILLIAMS, B. (1983). Descartes's Use of Skepticism. In: Burnyeat (ed). The Skeptical Tradition. Los Angeles: University of California Press, pp. 337-353.

Téléchargements

Publiée

2023-06-30

Numéro

Rubrique

Artigos

Comment citer

Oliveira, M. de. (2023). CETICISMO ACADÊMICO NAS "RÈGLES POUR LA DIRECTION DE L’ESPRIT (I, II, III, IV) DE DESCARTES. Cadernos Espinosanos, 48, 157-179. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.196135