O ESTADO ENTRE A HISTÓRIA E A ETERNIDADE

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.197836

Mots-clés :

Espinosa, Eternidade, Morte, Indivíduo, Revolução, Renovação

Résumé

A dissolução (ou morte) estatal é uma preocupação comum a todos os autores contratualistas. Na sua maioria, eles consideram o estado um corpo mortal que, bem ou mal constituído, está inevitavelmente condenando a dissolver- se. E quanto a Espinosa? Acaso pensa o autor que o corpo político, tal como o corpo humano, tem uma morte certa, inevitável; ou julga, pelo contrário, que o estado pode ser eterno? Esta é a questão a que aqui se procura responder, analisando, para isso, várias passagens dispersas do Tratado Teológico-Político e do Tratado Político em que o assunto é (direta ou indiretamente) tratado. Da interpretação que apresentamos, deverá resultar claro que o problema da morte estatal não tem apenas um interesse teórico, mas está relacionada com aqueles que são, para Espinosa, os limites práticos da ciência política. 

##plugins.themes.default.displayStats.downloads##

##plugins.themes.default.displayStats.noStats##

Références

DEN UYL, D. (1983). Power, State and Freedom: An Interpretation of Spinoza’s Political Philosophy. Assen: Van Gorcum.

ESPINOSA, B. (1972). Opera. ed. Carl Gebhardt. Heidelberg: Carl Winters Universitätsverlag, F vols.

ESPINOSA, B. (2004). Tratado Teológico-Político. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. (3ª ed.). Lisboa: INCM.

ESPINOSA, B. (2012). Tratado Político. Tradução de Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Círculo de Leitores e Temas e Debates.

ESPINOSA, B. (2020). Ética. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. Lisboa: Relógio D’Água.

GUILLEMEAU, E. (2008). “Des chocs aux fluides, quelques paradigmes mécanicistes dans la théorie politique de Spinoza”. In J. Carvajal e M. Luisa de la Cámara (ed.). Spinoza: de la física a la historia. Cuenca: Ediciones de la Universidad de Castilla-La Mancha.

HOBBES, T. (1839-1841). The English Works of Thomas Hobbes of Malmesbury. Collected by William Molesworth. London: John Bonn, vol. III.

HOBBES, T. (1996). Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. Lisboa: 70.

HOBBES, T. (1998). Do Cidadão. Tradução de Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes.

LOCKE, J. (2007). Segundo Tratado do Governo. Tradução de Carlos E. Pacheco Amaral. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

MACPHERSON, C. B. (1962). The Political Theory of Possessive Individualism: From Hobbes to Locke. Oxford: Clarendon Press.

MAQUIAVEL, N. (2015). Discorsi sopra la prima deca di Tito Livio. Milano: BUR.

MATHERON, A. (1988). Individu et communauté chez Spinoza. Paris: Minuit.

MATHERON, A. (2020). “L’état, selon Spinoza, est-il un individu au sens de Spinoza?”. In F. Del Lucchese, D. Maruzzella and G. Morejón (ed.), translated by D. Maruzzella and G. Morejón. Politics, Ontology and Knowledge in Spinoza. Edinburgh: Edinburgh University Press.

MOREAU, P-F. (1994). Spinoza: L’expérience et l’éternité. Paris: PUF.

MORFINO, V. (2008). “Spinoza, interprète de Machiavel dans le Traité Politique”. In C. Jaquet, P. Sévérac et A. Suhamy (ed.). La Multitude libre: Nouvelles Lectures du Traité Politique. Paris: Éditions Amsterdam.

NADLER, S. (2018). Spinoza: A Life. (7º ed.) Cambridge: Cambridge University Press.

NANCY, J-L. (1996). Être singulier pluriel. Paris: Galilée.

RICE, L. (1990). “Individual and Community in Spinoza’s Social Psychology”. In E. Curley and P. -F. Moreau (ed.). Spinoza: Issues and Directions. Leiden/New York/København/Köln: E. J. Brill.

ROUSSEAU, J-J, (2010). O Contrato Social. Lisboa: Editorial Presença.

RUBIO, L. (2014). “La política como física del poder en Spinoza”. Res publica: Revista de Historia de las Ideas Políticas, vol. 17, nº 1, pp. 33-57.

ZOURABICHVILI, F. (2002). Le conservatisme paradoxal de Spinoza: Enfance et royauté. Paris: PUF.

Téléchargements

Publiée

2023-06-30

Numéro

Rubrique

Artigos

Comment citer

Pina, A. (2023). O ESTADO ENTRE A HISTÓRIA E A ETERNIDADE. Cadernos Espinosanos, 48, 99-125. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.197836