A questão do infinito em pascal e espinosa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.174740Palavras-chave:
Infinito, Geometria, Matemática, Deus, Metafísica, LimiteResumo
O presente artigo tem como objetivo principal demonstrar que o pensamento do filósofo francês Blaise Pascal nunca esteve alheio às principais discussões metafísicas do século XVII. A discussão que será explorada aqui está relacionada com a questão do infinito, abordada com ênfase pelos autores desse período. Com esse objetivo em mente, tentar-se-á construir uma argumentação sobre a questão do infinito no âmbito da metafísica a partir de dois filósofos do século XVII: Blaise Pascal e Baruch Espinosa. Tentaremos mostrar que a reflexão filosófica de Pascal, por um lado, se assemelha à de Espinosa quando assume que Deus deve ser concebido como absolutamente infinito, acima de qualquer gênero específico de infinitude, seja matemático ou espacial, mas se afasta do filósofo holandês, quando Pascal assume a impossibilidade de o homem compreender o infinito em termos absolutos por intermédio da racionalidade.
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