Intertextualidade e interdiscursividade em “Na arca: três contos inéditos do Gênesis”, de Machado de Assis
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2009.49245Mots-clés :
Bíblia, mito, intertextualidade, interdiscursividade, Machado de AssisRésumé
A intertextualidade, vertente atual dos estudos machadianos, é significativa para ampliar os vínculos que existem entre Machado e o patrimônio literário a que o autor teve acesso. Há inúmeras recorrências à Bíblia que, por se multiplicarem, não podem ser ignoradas. O prestígio dessa fonte pode ser medido pelo recurso formal empregado em “Na arca”: a estilização. Pretende-se avaliar a função que o uso da Bíblia exerce no conto indicado e, então, hipóteses poderão se aplicar ao conjunto dos escritos de Machado, a partir da percepção de que a Bíblia parece ser uma fonte importante para o seu projeto literário. A Bíblia sugere, também, oportunidade para o aparecimento de mitos, do duplo e de ambiguidades, que Machado enriquece. Serão mencionadas as obras “O espelho” e Esaú e Jacó, além de outras evocadas pelas relações intertextuais. O amparo teórico principal será fornecido pelos conceitos de dialogismo e de polifonia, legado de Bakhtin, interpretados por discípulos do teórico russo, que adotaram os termos intertextualidade e interdiscursividade. Machado de Assis, com inesperados desdobramentos intertextuais e interdiscursivos, mantém instigante diálogo não somente com o legado cultural do Ocidente, mas também com os desafios sociais e políticos de seu tempo.##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
##plugins.themes.default.displayStats.noStats##
Téléchargements
Publiée
2009-12-07
Numéro
Rubrique
Articles
Licence
Os trabalhos publicados na revista Estudos Semióticos estão disponíveis sob Licença Creative Commons CC BY-NC-SA 4.0, a qual permite compartilhamento dos conteúdos publicados, desde que difundidos sem alteração ou adaptação e sem fins comerciais.
Comment citer
Proença, P. S. de. (2009). Intertextualidade e interdiscursividade em “Na arca: três contos inéditos do Gênesis”, de Machado de Assis. Estudos Semióticos, 5(2), 37-44. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2009.49245