A adaptação fílmica de Atonement - uma análise do “ponto de vista” no cinema e na literatura e suas implicações semióticas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2011.35265Palavras-chave:
literatura, cinema, ponto de vista, adaptaçãoResumo
Este trabalho pretende discorrer sobre formas de contágio entre palavra/imagem e sobre o diálogo entre literatura e cinema, tendo como objeto de análise o livro Atonement, de Ian McEwan (2007), e o filme homônimo (Desejo e reparação, em português) do diretor Joe Wright (2007). O livro, de caráter metaficcional, narra a história de dois amantes cujo destino foi marcado por um equivocado ponto de vista de uma das personagens da trama, que tenta, de alguma forma, reparar seu erro. O filme de Wright mantém a mesma trama do livro, mas usa de um recurso inverso ao romance, ao inverter a apresentação dos pontos de vista, resultando em uma mudança na construção da trama pelo espectador. Esta análise procura demonstrar como a adaptação cinematográfica do filme Atonement ressignifica a obra literária, observando os recursos das linguagens literária e cinematográfica ligados à narração e ao ponto de vista. Utiliza para tal o conceito de reescritura, elaborado por André Lefevere, que leva em consideração aspectos como quem e porque reescreve, sob quais circunstâncias e para quem reescreve. Também será objetivo deste artigo discutir a diversidade do ato interpretativo no que se refere ao ponto de vista no cinema e na literatura, tendo por base a teoria semiótica de Charles Sanders Peirce.
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