Notas sobre a história da adolescência
transformações e repetições
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v25i2p280-296Palavras-chave:
Adolescência, História, PsicanáliseResumo
Este artigo tem origem em debates atuais em torno da adolescência. Nesses debates, ele assume a premissa teórica de que a adolescência é uma construção cultural, isto é, de que uma noção de adolescência sempre é tributária do contexto que a define. A fim de escutar discursos sociais sobre esse tema, nos debruçamos sobre alguns estudos históricos acerca da adolescência, assim como sobre algumas produções culturais que participaram da formulação do que se entende por adolescência em cada tempo. A partir das transformações e repetições encontradas, definimos as seguintes categorias de análise, que nos parecem cruciais na compreensão do objeto de nosso estudo: adolescência e rituais de iniciação; marcas iniciais; juventude temida; metáfora da mudança social; subcultura adolescente. Por fim, sugerimos que a adolescência talvez seja, em nossas sociedades, uma dobradiça entre as angústias que conjuramos e a possibilidade de encontrar um destino simbólico para essas angústias.
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