Função do(a) educador(a) da Educação Infantil no processo de subjetivação dos bebês e crianças pequenas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i1p68-80Palavras-chave:
educação infantil, constituição psíquica, psicanálise, bebês, crianças pequenasResumo
Este estudo de revisão teve como objetivo apresentar uma discussão teórica acerca da participação do(a) educador(a) na subjetivação de bebês e crianças bem pequenas. Sustentado no referencial da psicanálise, o estudo propõe discutir a importância que o(a) educador(a) assume no processo de subjetivação do bebê e da criança pequena. Apesar de pouco explorada na literatura, torna-se importante lançar luz sobre a função de cuidar e educar na educação infantil, considerando que é um trabalho que envolve o investimento e a aposta num pequeno sujeito em processo de subjetivação. Compreende-se, portanto, que este trabalho se diferencia da função parental, e, ao mesmo tempo, é inegável que o profissional da educação também seja uma figura de referência no processo de subjetivação do bebê e da criança pequena no espaço da Educação Infantil.
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Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.