A psicanálise como terapêutica no autismo: revisitando a literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p119-133

Palavras-chave:

autismo, tratamento, subjetividade, psicanalise

Resumo

Esta pesquisa de revisão de literatura tem como objetivo levantar as contribuições da Psicanálise como uma terapêutica possível no autismo e se justifica devido ao aumento significativo de casos de TEA, da necessidade de avaliar o surgimento de outras formas de tratamento para além dos psicofármacos e da importância e da compreensão da existência de autismoS, fazendo-se necessário enxergar o autista na sua subjetividade. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória e qualitativa realizada através da análise de livros, artigos científicos e textos localizados nas bases online de dados da SciELO, Biblioteca digital de Teses e dissertações da USP, Pubmed e PePSIC. Foi demonstrada a efetividade da práxis psicanalítica no tratamento do autismo, apresentando sua importância como uma terapêutica possível. Esperamos que o autismo seja visto como uma forma de ser.

 

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Biografia do Autor

  • Juliana Zirpoli Brandão, Faculdade Frassinetti do Recife

    Médica pela Faculdade Pernambucana de Saúde. Mestrado em Autismo pela Universidade de Turim e pós graduada em Psicanálise Clínica pela Faculdade Frassinetti do Recife, Recife, PE, Brasil.

  • Bruno dos Santos Santana, Universidade Federal de Pernambuco

    Médico e Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tutor da Faculdade Pernambucana de Saúde, Recife, PE, Brasil. E-mail: bruno2santana@yahoo.com.br

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Publicado

2024-04-30

Como Citar

Brandão, J. Z. ., & Santana, B. dos S. (2024). A psicanálise como terapêutica no autismo: revisitando a literatura. Estilos Da Clinica, 29(1), 119-133. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p119-133