Análise de práticas profissionais: um dispositivo clínico em movimento

Autores

  • Bernard Gérard Pechberty Universidade Paris Descartes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p46-57

Palavras-chave:

narcisismo, grupo, narrativa profissional, análise de práticas

Resumo

Michael Balint fundou um dispositivo clínico dedicado à relação médico-paciente. Os grupos de análise de práticas profissionais que se desenvolveram posteriormente acolhem outras profissões com outros saberes: adaptam a orientação psicanalítica ao estudo, em grupo, do Self-profissional dos participantes, formadores, educadores e professores. Surgem novos dados, como a relação dos participantes com o saber ou a dimensão narcísica que a sustenta e que parece ter um papel muito importante: o narcisismo está de fato presente na narratova profissional proposto e no grupo em dois aspectos, positivo e negativo, como apoio criativo ou como fechamento. Este artigo também desenvolve como esse dispositivo de trabalho, aberto a variações de enquadre e a surpresas, se transpõe à contribuição dos psicanalistas de grupo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Bernard Gérard Pechberty, Universidade Paris Descartes

    Psicólogo e psicanalista. Professor emérito da Universidade Paris Descartes, Paris, França.

Referências

Anzieu, D. (1999). L’illusion groupale : un Moi idéal commun. Le groupe et l’inconscient, pp. 74-98. Dunod. Edition originale en1971.

Balint, M. (1960). Le médecin, son malade et la maladie. Paris, P.U.F.

Blanchard Laville, C., Dubois, A. (2023). Cliopsy : un courant de recherches cliniques d’orientation psychanalytique en sciences de l’éducation et de la formation. Carnet psy, 2023/2 (N° 259).

Eiguer, A. (1999). Du bon usage du narcissisme. Bayard éditions.

Even, G. (2008). Les groupes Balint et leur spécificité : point de vue, Revue de psychothérapie psychanalytique de groupe, pp. 149-160 ; 2008/1 (n° 50).

Ferenczi, S. (1927). L’adaptation de la famille à l’enfant. Oeuvres complètes T 4, pp. 29-42. Payot.

Kaës, R. (1975/1997). Quatre études sur la fantasmatique de la formation et le désir de former, Fantasme et formation, Paris : Dunod.

Lacan, J. (1966). Le stade du miroir comme formateur de la fonction du Je, pp 92-99. Ecrits, Seuil. Edition originale en 1949.

Maurin, A, Pechberty, B. (2017). De la pluridisciplinarité dans un groupe d’analyse des pratiques professionnelles : illusion corporatiste et figures de l’étranger ; pp. 147-158. Revue de psychothérapie psychanalytique de groupe, 69.

Missenard, A. (1976). Formation de la personnalité professionnelle, pp. 116-118. Connexions, 17.

Mosconi, N. (2001). Que nous apprend l’analyse des pratiques sur les rapports de la théorie à la pratique ? Sources théoriques et techniques de l’analyse des pratiques professionnelles, pp 15-34. Coll. Savoir et formation. L’Harmattan.

Pechberty, B. (2009). Formation et soin psychique : des rencontres de hasard ou de structure ? pp. 41-49. Cliopsy, n° 1.

Pechberty, B. (2024). De Sandor Ferenczi à Michael Balint : savoir clinique, éducation et formation. Cliopsy, n. 31

Winnicott, D. W. (1971). Jeu et réalité. Folio essais, Gallimard.

Publicado

2024-04-30

Como Citar

Pechberty, B. G. (2024). Análise de práticas profissionais: um dispositivo clínico em movimento. Estilos Da Clinica, 29(1), 46-57. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p46-57