A (trans)missão docente de corpos transviados do sistema sexo-gênero
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i1p18-34Palavras-chave:
dissidência de gênero, dissidência sexual, educação e psicanálise, saber inconscienteResumo
A partir da questão: pode um corpo transviado lecionar? Advinda de uma experimentação onírica, ofertei um espaço para uma “conversa” com docentes de instituições de Ensino Superior do Estado de Minas Gerais, dissidentes do sistema sexo-gênero a fim de esmiuçar a relação com o saber e o “estilo” docente dessas pessoas. No momento à posteriori foi possível constatar as reverberações das experiências docentes em suas práticas; os atravessamentos de um saber de ordem inconsciente; e o consentimento da incidência da sexualidade e do gênero em seus ofícios, por meio da emersão de um “estilo” próprio do fazer docente, o que se mostrou intimamente relacionado com a possibilidade de nomear a si mesmo. Ao final, propus uma elaboração sobre o que pode o meu corpo transviado em ato.
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