Crianças imigrantes e acolhimento em grupos de escuta: os mediadores terapêuticos no grupo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i1p186-201

Palavras-chave:

grupos de escuta, mediadores terapêuticos, crianças, filhos de imigrantes

Resumo

Se apresenta a experiencia de acolher e atender, em grupos de escuta a crianças, filhos de imigrantes hispano-falantes, em um Centro de Integração do Migrante (CIM), na cidade de São Paulo. Os grupos de escuta primam por ter uma abordagem psicanalítica, que prioriza as produções singulares, intersubjetivas e o sentir e pensar do coletivo. Os grupos são coordenados por dois coterapeutas que oferecem uma escuta psicanalítica em atenção flutuantes, promovem processos associativos e transfero-contra-transferenciais.  Utiliza no encontro terapêutico mediadores terapêuticos como o pictograma grupal, massinha, dramatizações e contos infantis. Os mediadores  permitem surgir a palavra, favorecer processos de simbolização e apropriação subjetiva. De maneira semelhante ao uso do jogo do rabisco winnicottiano, eles facilitam o encontro e a comunicação de conteúdos que não tiveram acesso à representação ou à palavra. 

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Biografia do Autor

  • Maria Antonieta Pezo del Pino, Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia

    Psicanalista e analista institucional. Pós-doutorado em Psicologia Clínica e Pesquisadora do Laboratório de Psicanalise, Sociedade e Política no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). Membro do Grupo Veredas: Psicanalise e Migração, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2025-05-01

Edição

Seção

Experiência Institucional

Como Citar

Pezo del Pino, M. A. (2025). Crianças imigrantes e acolhimento em grupos de escuta: os mediadores terapêuticos no grupo. Estilos Da Clinica, 30(1), 186-201. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i1p186-201