Constituição subjetiva e debilidade mental na obra de Maud Mannoni
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i1p68-83Palavras-chave:
constituição subjetiva, debilidade mental, Maud MannoniResumo
O presente artigo apresenta os impasses na constituição subjetiva nos casos de debilidade mental, a partir das teorizações de Maud Mannoni, com destaque para suas observações acerca da relação da criança com o fantasma materno. Realizou-se uma pesquisa teórica, para a qual foram selecionados, além do livro “A criança retardada e sua mãe”, referência central para a temática proposta, outros textos da autora e dos seus comentadores destinados a tratar da constituição subjetiva e dos impasses que aparecem sintomaticamente como um atraso no desenvolvimento. Foram ainda observadas e destacadas as influências de Freud e de Lacan na discussão clínica realizada pela autora. Percebemos que a posição da criança diante do fantasma materno é fundamental para compreender esta clínica para além dos sintomas apresentados.
Downloads
Referências
American Psychiatric Association, (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 (5a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Bercherie, P. (2001). A clínica psiquiátrica da criança: estudo histórico. Em O. Cirino, Psicanálise e Psiquiatria com crianças: desenvolvimento ou estrutura (pp. 127-155). Belo Horizonte, MG: Autêntica. (Trabalho original publicado em 1983).
Elia, Lma. (2004). O conceito de sujeito. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Ferreira, I. C., & Batista, C. A. (2017). O olhar da psicanálise sobre a deficiência intelectual: de copista a autor de sua própria história. Inclusão Social, 10(2), 47-54. Recuperado de https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4031.
Freud, S. (2010). Introdução ao narcisismo. Em S. Freud, Obras completas (Vol. 12, P. C. L. de Souza, trad., pp. 9-37). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1914).
Freud, S. (2010). O inquietante. Em S. Freud, Obras completas (Vol. 14, tradução P. C. L. de Souza, trad., pp. 247-283). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1919).
Freud, S. (2016). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Em S. Freud, Obras completas (Vol. 6, P. C. L. de Souza, trad., pp. 13-176). São Paulo: Companhia das letras. (Trabalho original publicado em 1905).
Freud, S. (2019). O material e as fontes do sonho. Em S. Freud, Obras completas (Vol. 4, P. C. L. de Souza, trad., pp. 186-286). São Paulo: Companhia das letras. (Trabalho original publicado em 1900).
Garcia-Roza, L. A. (2009). Freud e o inconsciente. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1986). Seminário 1 - os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1953-1954).
Lacan, J. (1988). Seminário 11-os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1964).
Lacan, J. (1992). O seminário 17: o avesso da psicanálise. Rio de Janeiro, RJ: Jorge: Zahar. (Trabalho original publicado em 1969-1970).
Lacan, J. (1998). O estágio do espelho como formador da função do eu. Em J. Lacan, Escritos (pp. 96-103). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1949).
Lacan, J. (1999). A metáfora paterna. Em J. Lacan, Seminário 5: as formações do inconsciente (pp. 166-184). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1958).
Lacan, J. (2003). Nota sobre a criança. Em J. Lacan, Outros escritos (pp. 369-370). Rio de Janeiro, RJ: Jorge: Zahar. (Trabalho original publicado em 1969).
Laurent, E. (1991). O gozo do débil. Em J. Miller (org), A criança no discurso analítico (pp. 131-135). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Mannoni, M. (1971). O psiquiatra, seu "louco" e a psicanálise. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1970).
Mannoni, M. (1980). A criança, sua "doença" e os outros. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1967).
Mannoni, M. (1986). De um impossível a outro. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1982).
Mannoni, M. (1995). A criança retardada e a mãe. São Paulo, SP: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1964).
Poli, MC. (2007). Construção da fantasia, constituição do fantasma. Em C. Backes (org.), A clínica psicanalítica na contemporaneidade (pp. 43-49). Porto Alegre: UFRGS. Recuperado de https://books.scielo.org/id/ckhzg/pdf/costa-9788538603870-05.pdf.
Sanches, D. R. (2008). Clínica psicanalítica: a debilidade mental em questão. (Dissertação de Mestrado, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
Santiago, A. L. (2005). Mannoni e a fusão de corpos. Em A. L. Santiago, A inibição intelectual (pp. 159-162). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Santiago, A. L. (2007). Debilidade e déficit: origens da questão no saber psiquiátrico. Belo Horizonte, MG: CliniCAPS.
Santiago, A. L., & Mrech, L. M. (2017). Semiologia da inteligência e da atenção: do retardo funcional à função lógica da debilidade mental. Em A. Teixeira, & H. C. (orgs.), Psicopatologia lacaniana (pp. 187-199). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Soler, C. (1997). O sujeito e o Outro II. Em R. Feldstein, B. Fink, & M. Jaanus (orgs.), Para ler o Seminário 11 de Lacan: os quatro conceitos fundamentais (pp. 58-67). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Vorcaro, A., & Lucero, A. (2011). A criança e a debilidade mental: uma abordagem lacaniana. Psicologia USP, 22(4), 813-832. Doi: https://doi.org/10.1590/S0103-65642011005000034.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rayane Garcia, Vládia Jamile dos Santos Jucá

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.