Análise do uso e estabelecimento de objetos e formas autísticas: uma perspectiva de Frances Tustin
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i2p325-339Palavras-chave:
autismo, Frances Tustin, psicanáliseResumo
O propósito deste artigo é discutir aspectos do funcionamento psicodinâmico autístico do ponto de vista de Frances Tustin, indagando se o uso dos objetos e formas autísticas podem conduzir a prática clínica frente à transformação do significado simbólico empregado aos objetos. Logo, o delineamento metodológico baseia-se nos critérios da Revisão Integrativa de Literatura, valendo-se de artigos científicos nas bases de dados BVS-PSI, SciELO e PubMed, em um recorte temporal entre 2000 e 2023, dada a lacuna na literatura contemporânea. Consequentemente, o escopo investigativo evidenciou que, embora tais objetos surjam como medidas protetoras, levam a círculos repetitivos intermináveis. Promovem alívio momentâneo, todavia, impedem que a criança elabore maneiras mais genuínas de interação com os objetos ou com o mundo externo. Tenciona-se promover diagnósticos diferenciais na clínica, diferentes perspectivas e estudos contemporâneos.
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