Consultas terapêuticas: um lugar para a família na clínica psicanalítica infantojuvenil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i2p307-324Palavras-chave:
consultas terapêuticas, clínica infantojuvenil, família, psicanáliseResumo
A clínica psicanalítica com crianças e adolescentes apresenta uma singularidade, devido à implicação de terceiros ao longo do processo analítico, especialmente a família, portanto, torna-se necessário repensar o enquadre para comportá-los. O objetivo do presente artigo é investigar o modelo das consultas terapêuticas de Winnicott como um dispositivo de escuta e intervenção com a família, considerando seus alcances e limites enquanto um espaço capaz de conter e transformar angústias parentais. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, inicialmente com um breve apanhado histórico, que contextualiza o surgimento dessa prática clínica a partir da qual o caso da Sra. X é tomado para análise, seguida da apresentação de alguns estudos brasileiros realizados na última década, que consolidam a utilização das consultas terapêuticas com familiares como recurso valioso na clínica infantojuvenil.
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