A sustentação das funções constituintes no processo de subjetivação de bebês em acolhimento institucional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i2p340-353

Palavras-chave:

bebê, subjetivação, acolhimento institucional, funções constituintes

Resumo

Este estudo de revisão teórica busca refletir acerca da subjetivação de bebês inseridos no acolhimento institucional e discutir sobre a sustentação das funções constituintes pelo cuidador do acolhimento. Inicialmente, realiza-se uma contextualização histórica do atendimento voltado à criança no Brasil, ressaltando seu viés assistencialista e institucionalizante. Em seguida, discute-se acerca da subjetivação do bebê e a importância das funções constituintes neste processo, ressaltando os riscos que podem advir quando este laço não se faz presente. Por fim, apresenta-se as dificuldades que podem surgir no acolhimento institucional e como estas interferem na  relação entre o cuidador e o bebê acolhido. Demonstra-se necessário oferecer espaços de acompanhamento do cuidador, de modo a auxiliar na sustentação das funções constituintes e, assim, possibilitar um cuidado que transcenda o corpo e aposte no sujeito. 

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Biografia do Autor

  • Ketlin Forgiarini, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

    Psicóloga graduada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Ijuí, RS, Brasil.

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Publicado

2025-08-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Forgiarini, K. (2025). A sustentação das funções constituintes no processo de subjetivação de bebês em acolhimento institucional. Estilos Da Clinica, 30(2), 340-353. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v30i2p340-353