Sonho, ruína e história: a onirocrítica da sociedade capitalista nos escritos tardios de Walter Benjamin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v28i1p75-85

Palavras-chave:

Sonho, História, Capitalismo, Materialismo

Resumo

Nesse artigo, estudamos os escritos tardios de Walter Benjamin, compreendidos entre 1935-1940. Nossa hipótese é que os conceitos de sonho, ruína e história se articulam de maneira intrincada no pensamento da maturidade do autor. A estrutura do texto conta com duas partes argumentativas. A primeira, à luz dos livros N das Passagens e do Exposé (1939), visa examinar detalhadamente como Benjamin opera com uma concepção renovada de sonho a partir de sua inserção nos objetos materiais eles mesmos. A segunda parte é focada em certas passagens das teses Sobre o conceito de história (1940). Nela pretendemos dar conta de uma concepção de história renovada que é combativa e investigar qual a tarefa do historiador materialista para Benjamin.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Adorno, T.; Benjamin, W. (2012). Correspondência 1928-1940. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Editora Unesp.

Benjamin, W. (2005). “Sobre o conceito de história”. In: LÖWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio. Uma leitura das teses ‘Sobre o conceito de história’. Tradução de Wanda Nogueira Caldeira Brant. São Paulo: Boitempo.

Benjamin, W. (2009). Passagens. Tradução de Irene Aron e Cleonice Mourão. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Benjamin, W. (2013). O capitalismo como religião. Tradução: Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo.

Bretas, A. (2006). A constelação do sonho: estética e política em Walter Benjamin. Dissertação de mestrado. São Paulo, Universidade de São Paulo.

Bretas, A. (2016). Da psiquê ao mundo das coisas: A materialidade dos sonhos em W. Benjamin. São Paulo, Limiar, 3(6), 62-78. DOI: https://doi.org/10.34024/limiar.2016.v3.9224

Derrida, J. (2002). Discurso de Frankfurt. São Paulo, Le Monde Diplomatique Brasil. Disponível em: https://diplo.org.br/2002-01,a204. Acessado em : 30 de março de 2022.

Gagnebin, J. (1980). A propósito do conceito de crítica em Walter Benjamin. São Paulo, Discurso, 13, 219-230. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.1980.37898

Gagnebin, J. (1987b). “Prefácio: Walter Benjamin ou a história aberta”. In: Benjamin, Walter. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Brasiliense, pp. 7-20.

Gatti, L. (2014). Correspondências entre Benjamin e Adorno. Limiar, São Paulo, 1(2), 178-258. DOI: https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v1.9279

Machado, F. (2020). Imagens disruptivas: elementos surrealistas na concepção de história de Walter Benjamin. Marília, Trans/Form/Ação, 43(2), 39-70. DOI: https://doi.org/10.1590/0101-3173.2020.v43n2.03.p39

Rouanet, S. (1990). Édipo e o anjo: itinerários freudianos em Walter Benjamin. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Routhier, J. (2012). The Moving Panorama of Pilgrim’s Progress – Introductory Video. Youtube. Publicado em 28 de junho de 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0_vkGKCOHSI&list=LLFn0aYmAIQI7E873facO7jw&index=21&t=3s. Acessado em: 1 de outubro de 2020.

Silva, E. (2020). Conversas com Imperatriz Furiosa. Inédito.

Schlesener, A. (2003). Tempo e História: Blanqui na leitura de Benjamin. História: Questões & Debates, Curitiba, 39, 255-267.

Downloads

Publicado

2023-06-26

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Sonho, ruína e história: a onirocrítica da sociedade capitalista nos escritos tardios de Walter Benjamin . (2023). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 28(1), 75-85. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v28i1p75-85