Kant e a Livre Federação das Nações como Meio para a República Mundial
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v25i4p129-148Palavras-chave:
Kant, cosmopolitismo, direito, coação, república mundialResumo
Nesse artigo argumento em favor de duas teses: 1. Que o cosmopolitismo jurídico de Kant envolve uma perspectiva processualista de realização dos ideais normativos, o que se traduz no dever direto de criação de uma livre federação das nações e no dever indireto de estabelecimento de uma república mundial; 2. Que esses deveres jurídicos possuem um caráter distinto no sentido de que eles não implicam a legitimidade de coação. Por fim, avanço algumas reflexões sobre a principais características jurídicas de uma república mundial a partir do modelo de Kant em contraste com outros modelos contemporâneos de herança kantiana.
Downloads
Referências
Axinn, S. (1989). Kant on World Government. In Funk G. & Seebohm T. (ed.). Proceedings of the Sixth International Kant Congress (p. 245-249). Washington DC: University Press of America.
Baynes, K. (1997). Communitarian and Cosmopolitan Challenges to Kant’s Conception of World Peace. In Bohman J. and Lutz-Bachmann (ed.). Perpetual Peace: Essays on Kant’s Cosmopolitan Ideal (pp. 219-234). Cambridge, MA: MIT Press.
Bernstein, A. (2014). The Right of States, the Rule of Law, and Coercion: Reflections on Pauline Kleingeld’s Kant and Cosmopolitanism. Kantian Review, 19(2), 233-249. DOI: https://doi.org/10.1017/S136941541400003X
Bosbach, F. (1998). The European debate on Universal Monarchy. In Armitage, D. (ed.). Theories of Empire, 1450-1800 (pp. 81-98). Ashgate.
Brown, G. W. (2009). Grounding Cosmopolitanism: From Kant to the Idea of a Cosmopolitan Constitution. Edinburgh: University Press.
Byrd, S., Hruschka, J. (2008). From the state of nature to the juridical state of states. Law and Philosophy, 27(6), 599–641. DOI: https://doi.org/10.1007/s10982-008-9029-7
Byrd, S., Hruschka, J. (2010). Kant’s Doctrine of Right: A Commentary. Cambridge: Cambridge University Press.
Carson, T. (1988). Perpetual peace: What Kant should have said. Social Theory and Practice, 14, (2), 173–214.
Dörflinger, B. (2016). Juridical and Ethical Aspects of the Idea of Peace in Kant. Studia Kantiana, 14(20), 05-19.
Habermas, J. (2016). A constitucionalização do direito internacional ainda tem uma chance? In Habermas, J. O ocidente dividido (pp.161-270). São Paulo: Unesp.
Hobbes, T. (2002). Do cidadão. Tradução de Renato Janine Riberio. São Paulo: Martins Fontes.
Höffe, O. (2006). Kant’s Cosmopolitan Theory of Law and Peace. Cambridge: Cambridge University Press.
Kant, I. (1980). Crítica da razão pura. Tradução de Valerio Rohden e Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Abril Cultural.
Kant, I. (1990ss.). Gesammelte Schriften. hrsg: Bd. 1-22 Preussische Akademie der Wissenschaften, Bd. 23 Deutsche Akademie der Wissenschaften zu Berlin, ab Bd. 24 Akademie der Wissenschaften zu göttingen. Berlin: [s. n.].
Kant, I. (2002). Crítica da faculdade do juízo. Tradução de Valerio Rohden e António Marques. 2. ed. Rio de janeiro: Forense Universitária.
Kant, I. (2004). A paz perpétua e outros opúsculos. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70.
Kant, I. (2005). A metafísica dos costumes. Tradução de José Lamego. Lisboa: Calouste gulbenkian.
Kant, I. (2009). Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução, introdução e notas de Guido Antônio de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial.
Kant, I. (2014). Princípios metafísicos da doutrina do direito. Tradução e introdução de Joãosinho Beckenkamp. São Paulo: Martins Fontes.
Klein, J. T. (2019a). Considerações sobre a justificação de Kant acerca da propriedade privada. Veritas (Porto Alegre), 64(2), e32715. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-6746.2019.2.32715
Klein, J. T. (2019b). Kant e o Valor Moral da Democracia Representativa. Revista portuguesa de filosofia, 75(1), 667-694. DOI: https://doi.org/10.17990/RPF/2019_75_1_0667
Klein, J. T. (2020). O Cosmopolitismo Jurídico de Kant. Ethic@ (UFSC), 19(2), 209-249. DOI: https://doi.org/10.5007/1677-2954.2020v19n2p209
Klein, J. T. (2014). A relação entre ética e direito na filosofia política de Kant. Manuscrito (UNICAMP), v. 37, p. 161-210. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-60452014000100005
Klein, J. T. (2016). O Estado republicano democrático e o ensino público da moral segundo Kant. Discurso - Departamento de Filosofia da USP, 46, 85-122. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.disc..2016.123672
Klein, J. T. (2017a) Prudência e moral na filosofia política de Kant. Estudos Kantianos, v. 5, p. 159-178. DOI: https://doi.org/10.36311/2318-0501.2017.v5n1.12.p159
Klein, J. T. (2017b) Considerações críticas acerca do libertarianismo de Nozick à luz da filosofia moral kantiana. Revista latinoamericana de filosofía, v. 43, p. 65-104.
Kleingeld, P. (2004). Approaching Perpetual Peace: Kant’s defense of a league of states and his ideal of a world federation. Journal of European Philosophy, 12, 304–25. DOI: https://doi.org/10.1111/j.0966-8373.2004.00212.x
Kleingeld, P. (2012). Kant and Cosmopolitanism: The Philosophical Ideal of World Citizenship. Cambridge: Cambridge University Press.
Kleingeld, P. (2014). Patriotism, peace and poverty: reply to Bernstein and Varden. Kantian Review, 19(2), 267-284. DOI: https://doi.org/10.1017/S1369415414000053
Mccarthy, T. (2002). On Reconciling Cosmopolitan Unity and National Diversity. In C. P. Cronin & P. DeGreiff (ed.). Global Justice and Transnational Transitional Politics (pp.235-274). Cambridge: MIT Press.
Merkel, R. (1996) Lauter leidige Tröster. Kants Fridenschrift und die Idee eines Völkerstrafgerichtshofs. In Merkel, R., Wittmann, R. (Hrsg.). Zum ewigen Frieden: Grundlagen, Aktualität und Ausichten einer Ideen von Immanuel Kant (pp. 309-350). Frankfurt am Main: Suhrkamp.
Mikalsen, K. K. (2011). In defense of Kant’s league of states. Law and Philosophy, 30, 291-317. DOI: https://doi.org/10.1007/s10982-011-9094-1
Nussbaum, M. (1997). Kant and Cosmopolitanism. In Bohman J., Lutz-Bachmann (ed.). Perpetual Peace: Essays on Kant’s Cosmopolitan Ideal (pp. 25-58). Cambridge, MA: MIT Press.
O’Neill, O. (2002). Instituting Principles: Between Duty and Action. In Timmons M. (ed.). Kant’s ‘Metaphysics of Morals’. Interpretative Essays (pp. 331–347). Oxford: Oxford University Press.
Perreau-Saussine, A. (2010). Immanuel Kant on international law. In Perreau-Saussine, A.; Tasioulas J. (ed.). The philosophy of international law (pp. 53-78). Oxford: Oxford University Press.
Pogge, T. (2009). Kant’s Vision of a Just World Order. In Hill T. E. (ed.). The Blackwell Guide to Kant’s Ethics (pp. 196-208). Oxford: Wiley-Blackwell.
Raponi, S. (2008). What’s Wrong with a World State? Kant’s Conception of State Sovereignty and His Proposal for a Voluntary Federation. In Rohden, V., Terra, R. R., Almeida, G. A. de & Ruffing, M. (Hrsg.). Recht und Frieden in der Philosophie Kants. Akten des X. Internationalen Kant-Kongresses (pp. 665-676). Bd. 4. Sektionen V – VII. Berlin: Walter de Gruyter.
Timmerman, J. (2013). Kantian Dilemmas? Moral Conflict in Kant´s Ethical Theory. Archiv für Geschichte der Philosophie, 95(1), 36-64. DOI: https://doi.org/10.1515/agph-2013-0002
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Joel Thiago Klein
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
As informações e conceitos emitidos em textos são de absoluta responsabilidade de seus autores.
Todos os artigos anteriores a 5 de julho de 2018 e posteriores a julho de 2021 estão licenciados sob uma licença CC BY-NC-ND, exceto os publicados entre as datas mencionadas, que estão sob a licença CC BY-NC-SA. A permissão para tradução por terceiros do material publicado sob a licença CC BY-NC-ND poderá ser obtida com o consentimento do autor ou autora.
Políticas de acesso aberto - Diadorim