Apossínclise: do uso à exaustão diacrônica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v25i1p107-119Palavras-chave:
Linguística histórica, Sintaxe diacrônica, Colocação pronominal, Apossínclise/Interpolação, Exaustão diacrônicaResumo
Este trabalho objetiva conceituar o que se denomina de “exaustão diacrônica” a partir do abandono (ou diminuição de uso) das construções interpoladas e dos “níveis de permeabilidade da mudança”, a fim de ponderar que a modificação do registro escrito de uma construção sintática, quando ocorre, é um resultado da estabilidade e da uniformidade de fenômenos que já haviam sido abandonados na oralidade e que, se atinge o nível sintático, está-se diante de uma mudança profunda e sistemática. Para tanto, adota-se a pesquisa bibliográfica, já que fontes especializadas podem auxiliar na construção do arcabouço teórico necessário ao cumprimento do objetivo traçado. Por fim, conclui-se que o progressivo processo de apagamento de uso da apossínclise, após intermitências e/ou rarefações, deve-se a um processo de exaustão diacrônica que atravessa os níveis de permeabilidade da língua em relação à mudança, tudo em busca de maior clareza e exatidão no emprego das sentenças.
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