A posição e a colocação de clíticos em predicados complexos: o português brasileiro visto a partir de duas vertentes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v16ispep125-161Palavras-chave:
Português brasileiro. Predicados complexos. Colocação de clíticos. Mudança linguística. Variação diastrática.Resumo
Neste texto revisitamos a hipótese de acordo com a qual o português brasileiro é formado por duas vertentes – a norma culta e a norma vernacular ou popular –, a partir do problema da posição e da colocação de clíticos em predicados complexos. Para tanto, construímos uma base de dados composta por cartas escritas em diversos momentos dos séculos XIX e XX, classificadas quanto à escolaridade de seus remetentes. Dois grandes tipos de construções foram identificados: perífrases infinitivas e tempos compostos. Primeiramente, descrevemos a variação na subida de clíticos nos dados do século XIX, a fim de identificar os grupos de fatores relevantes, que se mostraram muito próximos aos dos encontrados no português europeu. Em seguida, analisamos a evolução quantitativa dos dados de posição e colocação até o século XX a partir da classificação em autores cultos e incultos, analisada a partir de um modelo de competição de gramáticas. Observamos que, quanto à posição dos clíticos, a mudança foi paralela em ambas as vertentes estudadas. Isso sugere que a hipótese de que as vertentes formadas por falantes cultos e incultos tendem a se aproximar é uma generalização que depende da sensibilidade de cada fenômeno estudado a variáveis externas, sendo que fenômenos sintáticos como a posição de clíticos tendem a ser menos sensíveis a tais variáveis.Downloads
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Publicado
2014-12-03
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Andrade, A. L. de, & Carneiro, Z. de O. N. (2014). A posição e a colocação de clíticos em predicados complexos: o português brasileiro visto a partir de duas vertentes. Filologia E Linguística Portuguesa, 16(esp.), 125-161. https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v16ispep125-161