Qualidade de vida e capacidade para o trabalho de bombeiros
DOI:
https://doi.org/10.590/1809-2950/13125822032015Resumo
As atribuições relacionadas a atividades perigosas ocasionam, muitas vezes, sérios riscos à saúde, exigindo atenção, alta carga de cognição, rápidas e precisas tomadas de decisão e constante estado de alerta que podem influenciar na capacidade de trabalho e qualidade de vida dos bombeiros. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de vida e a capacidade para o trabalho em bombeiros de um município do interior paulista. Foram coletadas informações sobre idade; estado civil; escolaridade, tempo na função e prática de exercícios físicos e utilizados o questionário SF-36 e o índice de capacidade para o trabalho. Os dados foram analisados descritivamente por meio de frequências e porcentagens. Para análise das associações entre as variáveis foram utilizados os testes de correlação de Pearson e Spearman. Trinta bombeiros, homens, com idade média de 38,2 (±5,63) anos participaram deste estudo. Encontrou-se maior valor do SF-36 no domínio capacidade funcional e menor valor no domínio dor. Nenhum dos sujeitos demonstrou capacidade baixa para o trabalho na categoria pobre, 10% deles apresentaram capacidade moderada, 36,7% boa e 53,3% ótima. A correlação entre idade e tempo na função foi muito boa. Todos os domínios da qualidade de vida correlacionaram-se significativamente com a capacidade para o trabalho. A percepção de uma boa qualidade de vida expressou-se também em uma boa capacidade para o trabalho. Essas avaliações podem auxiliar a priorização e identificação de trabalhadores que necessitam do apoio dos serviços de saúde ocupacional e direcionar intervenções para melhorias no ambiente ou nas condições de trabalho.Downloads
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