Duração dos efeitos de uma manipulação vertebral sobre a intensidade da dor e atividade eletromiográfica dos paravertebrais de indivíduos com lombalgia crônica mecânica

Autores

  • Walkyria Vilas Boas Fernandes Universidade Federal de Mato Grosso
  • Eduardo Silveira Bicalho Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil
  • Andrielle Elaine Capote Universidade Federal do Paraná. PR. Brasil
  • Elisangela Ferretti Manffra Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) - Curitiba (PR), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-2950/14600023022016

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos de uma intervenção manipulativa sobre a atividade eletromiográfica dos músculos paraverterbais e a intensidade da dor na coluna lombar imediatamente e 30 minutos após sua realização em indivíduos com dor lombar crônica mecânica. Foram avaliados 38 indivíduos, distribuídos aleatoriamente em dois grupos: o que recebeu a técnica de manipulação vertebral global (n=20) e o controle (n=18), que permanecia em decúbito lateral por dez segundos sobre cada lado do corpo. O sinal eletromiográfico dos paravertebrais ao nível L4-L5 direito e esquerdo foi coletado durante três ciclos do movimento de flexão-relaxamento-extensão do tronco. Nos intervalos entre os ciclos, os participantes relataram a intensidade de dor através da Escala Visual Analógica (EVA 100 mm). Foi observada redução significativa na intensidade da dor no grupo que recebeu a manipulação, ao contrário do grupo controle, em que a pontuação na EVA aumentou. O tamanho do efeito na intensidade da dor foi de 1,0 e 0,9 logo após a manipulação e 30 minutos depois. A razão de flexão/relaxamento (RFR) aumentou no grupo que foi submetido à manipulação, mas permaneceu inalterada no grupo controle. A RFR exibiu tamanhos de 0,6 e 0,5 entre os grupos nas duas avaliações. Foi possível constatar efeitos da manipulação nessas duas variáveis e sua continuidade no intervalo observado, concluindo-se que eles perduram pelo menos durante esse tempo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Schneider MJ, Brach J, Irrgang JJ, Abbott KV, Wisniewski SR,

Delitto A. Mechanical vs manual manipulation for low back

pain: an observational cohort study. J Manipulative Physiol

Ther. 2010;33(3):193-200. doi: 10.1016/j.jmpt.2010.01.010.

Maigne J, Vautravers P. Mode dáction dês manipulations

vertébrales. Rev Rhum. 2003;70:713-9. doi:10.1016/

S1169-8330(03)00158-3

Ernest E. A systematic review of systematic reviews of spinal

manipulation. J R Soc Med. 2006;99(4):192-6. doi: 10.1258/

jrsm.99.4.192

Pickar JG. Neurophysiological effects of spinal manipulation.

Spine J. 2002;2:357-71. doi: http://dx.doi.org/10.1016/

S1529-9430(02)00400-X

Bicalho E, Setti JAP, Macagnan J, Cano JLR, Manffra EF.

Immediate effects of a high-velocity spine manipulation in

paraspinal muscles activity of nonspecific chronic low-back

pain subjects. Manual Ther. 2010;15(5):469-75. doi: 10.1016/j.

math.2010.03.012.

Ferreira ML, Ferreira PH, Hodges PW. Changes in postural

activity of the trunk muscles following spinal manipulative

therapy. Manual Ther. 2007;12:240-8. doi:10.1016/j.

math.2006.06.015.

Lalanne K, Lafond D, Descarreaux M. Modulation of

the flexion-relaxation response by spinal manipulative

therapy: a control group study. J Manipulative Physiol Ther.

;32(3):203-9. doi: 10.1016/j.jmpt.2009.02.010.

Neblett R, Mayer TG, Gatchel RJ, Keeley J, Proctor T, Anagnostis

C. Quantifying the lumbar flexionrelaxation phenomenon:

theory, normative data and clinical applications. Spine. 2003;

(13):1435-46. doi: 10.1016/j.jmpt.2014.07.003.

Colloca CJ, Hinrichs RN. The biomechanical and clinical

significance of the lumbar erector spinae flexion_relaxation

phenomenon: a review of literature. J Manipulative Physiol

Ther. 2005;28(8):623-31. doi:10.1016/j.jmpt.2005.08.005

Demoulin C, Crielaard J, Vanderthommen M. Spinal muscle

evaluation in healthy individuals and low-back-pain

patients: a literature review. Joint Bone Spine. 2007;74:9-13.

doi:10.1016/j.jbspin.2006.02.013

Fisioter Pesqui 2016;23(2):155-62

Walker BF, Williamson OD. Mechanical or inflammatory low

back pain. What are the potential signs and symptoms. Manual

Ther. 2009;14(3)314-20. doi: 10.1016/j.math.2008.04.003.

Koes BW, Tulder MWV, Thomas S. Diagnosis and treatment

of low back pain. BMJ. 2006;332:1430-4. doi:10.1136/

bmj.332.7555.1430.

Nusbaum L, Natour J, Ferraz MB, Goldenberg J. Translation,

adaptation and validation of the Roland-Morris questionnaire −

Brazil Roland-Morris. Braz J Med Biol Res. 2001;34(2):203-10.

doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2001000200007.

Lehman GJ, McGill SM. Spinal manipulation causes variable

spine kinematic and trunk muscles electromyographic

responses. Clin Biomech. 2001;16(4):293-9. doi: http://dx.doi.

org/10.1016/S0268-0033(00)00085-1

Ritvanen T, Zaproudina N, Nissen M, Leinoven V, Hannine O.

Dynamic surface electromyographic responses in chronic

low back pain treated by traditional bone setting and

conventional physical therapy. J Manipulative Physiol Ther.

;30(1):31-7. doi:10.1016/j.jmpt.2006.11.010.

Ricard F. Tratamiento osteopatico de las lumbalgias y

ciaticas. Madrid: Panamericana, 1998.

Marshal P, Murphy B. Changes in the flexion relaxation response

following an exercise intervention. Spine. 2006a;31(23):877-

doi: 10.1097/01.brs.0000244557.56735.05

Biering-Sorenson. Physical measurements as risk indicators

for low back trouble over a one-year period. Spine.

;9(2):106-119, 1984.

Watson PJ, Phil CKBM, Main CJ, Chen ACN. Surface

electromyography in the identification of chronic low back

pain patients: the development of the flexion relaxation ratio.

Clin Biomech. 1997;12(3):165-71. doi: http://dx.doi.org/10.1016/

S0268-0033(97)00065-X

Ambroz C, Scott A, Ambroz A, Talbott EO. Chronic low back

pain assessment using surface electromyography. J Occup

Env Med. 2000;42(6):660-9.

Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences.

ed. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1988.

Devotch JW, Pickar JG, Wilder DG. Spinal manipulation

alters electromyographic activity of paraspinal muscles:

a descriptive study. J Manipulative Physiol Ther.

;28(7):465-571. doi:10.1016/j.jmpt.2005.07.002.

Publicado

2016-06-06

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Duração dos efeitos de uma manipulação vertebral sobre a intensidade da dor e atividade eletromiográfica dos paravertebrais de indivíduos com lombalgia crônica mecânica . (2016). Fisioterapia E Pesquisa, 23(2), 155-162. https://doi.org/10.1590/1809-2950/14600023022016