Correlação entre a diferença da capacidade vital lenta e forçada com a atividade física na vida diária em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/19003927012020Palavras-chave:
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Exercício, EspirometriaResumo
O objetivo do estudo foi correlacionar a diferença entre capacidade vital lenta (CVL) e capacidade vital forçada (CVF) (CVL-CVF) com a atividade física na vida diária (AFVD) em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); e verificar as diferenças na AFVD entre indivíduos com CVL maior ou menor do que a CVF. Vinte e oito indivíduos com DPOC (18 homens; 67±8 anos; VEF1: 40±13% previsto) tiveram a função pulmonar avaliada pela espirometria e foram divididos em dois grupos: CVL>CVF (n=17) e CVL≤CVF (n=11). Ademais, tiveram a AFVD avaliada objetivamente pelo monitor de atividade física DynaPort®, que quantifica na vida diária, dentre outros, o tempo gasto por dia andando, em pé, sentado e deitado. Não foram encontradas correlações significativas entre CVL-CVF e as variáveis da AFVD no grupo geral. No grupo CVL>CVF foi encontrada significância estatística na correlação entre a CVL-CVF e o tempo gasto por dia em pé (r=−0,56) e sentado (r=0,75). Já no grupo CVL≤CVF, houve correlação significativa somente com o tempo gasto por dia em pé (r=0,57) e deitado (r=−0,62). Ao comparar ambos os grupos, não houve diferença estatisticamente significante para nenhuma das variáveis da AFVD (p>0,05 para todas). No grupo com CVL maior que a CVF houve correlação alta com o tempo gasto sentado, mas não com o tempo andando. Portanto, indivíduos com maior obstrução ao fluxo aéreo segundo a diferença CVL-CVF tendem a gastar mais tempo em atividades de menor gasto energético, que não envolvam caminhar.
Downloads
Referências
Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global
strategy for the diagnosis, management, and prevention
of Chronic Obstructive Pulmonary Disease (2018 report)
[Internet]. Fontana: GOLD; 2018 [cited 18 Feb 2020]. Available
from: https://goldcopd.org/wp-content/uploads/2017/11/
GOLD-2018-v6.0-FINAL-revised-20-Nov_WMS.pdf
Lareau SC, Meek PM, Roos PJ. Development and testing of
the modified version of the pulmonary functional status
and dyspnea questionnaire (PFSDQ-M). Heart Lung.
;27(3):159-68. doi: 10.1016/s0147-9563(98)90003-6
Pitta F, Troosters T, Spruit MA, Probst VS, Decramer M,
Gosselink R. Characteristics of physical activities in daily life in
chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care
Med. 2005;171(9):972-7. doi: 10.1164/rccm.200407-855OC
Troosters T, Sciurba F, Battaglia S, Langer D, Valluri SR, Martino L,
et al. Physical inactivity in patients with COPD, a controlled
multi-center pilot-study. Respir Med. 2010;104(7):1005-11.
doi: 10.1016/j.rmed.2010.01.012
Pessoa IMBS, Costa D, Velloso M, Mancuzo E, Reis MAS,
Parreira VF. Effects of noninvasive ventilation on dynamic
hyperinflation of patients with COPD during activities of
daily living with upper limbs. Rev Bras Fisioter. 2012;16(1):61-
doi: S1413-35552012000100011
Pitta F, Troosters T, Probst VS, Spruit MA, Decramer M,
Gosselink R. Quantifying physical activity in daily life with
questionnaires and motion sensors in COPD. Eur Respir J.
;27:1040-55. doi: 10.1183/09031936.06.00064105
Furlanetto KC, Donária L, Schneider LP, Lopes JR, Ribeiro M,
Fernandes KB, et al. Sedentary Behavior Is an Independent
Predictor of Mortality in Subjects With COPD. Respir Care.
;62(5):579-87. doi: 10.4187/respcare.05306
Waschki B, Kirsten A, Holz O, Müller KC, Meyer T, Watz H,
Magnussen H. Physical activity is the strongest predictor
of all-cause mortality in patients with COPD: a prospective
cohort study. Chest. 2011;140(2):331-42. doi: 10.1378/
chest.10-2521
Hernandes NA, Teixeira DC, Probst VS, Brunetto AF,
Ramo EMC, Pitta F. Perfil do nível de atividade física
na vida diária de pacientes portadores de DPOC
no Brasil. J Bras Pneumol. 2009;35(10):949-56. doi:
1590/S1806-37132009001000002
Pitta F, Takaki MY, Oliveira NH, Sant’anna TJ, Fontana AD,
Kovelis D, et al. Relationship between pulmonary function
and physical activity in daily life in patients with COPD. Respir
Med. 2008;102(8):1203-7. doi: 10.1016/j.rmed.2008.03.004
Vaes AW, Garcia-Aymerich J, Marott JL, Benet M, Groenen
MT, Schnohr P, et al. Changes in physical activity and allcause mortality in COPD. Eur Respir J. 2014;44(5):1199-209.
doi: 10.1183/09031936.00023214
Chhabra SK. Forced vital capacity, slow vital capacity,
or inspiratory vital capacity: which is the best measure
of vital capacity. J Asthma. 1998;35(4):361-5. doi:
3109/02770909809075669
Brusasco V, Pellegrino R, Rodarte JR. Vital capacities in
acute and chronic airway obstruction: dependence on
flow and volum histories. Eur Respir J. 1997;10:1316-20. doi:
1183/09031936.97.10061316
Martinez L, Rodrigues D, Donária L, Furlanetto KC, Machado FVC,
Schneider LP, et al. Difference Between Slow and Forced Vital
Capacity and Its Relationship with Dynamic Hyperinflation in
Patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Lung.
;197(1):9-13. doi: 10.1007/s00408-018-0174-y
Miller MR, Hankinson J, Brusasco V, Burgos F, Casaburi R,
Coates A, et al. ATS/ERS task force. Standardization of lung function testing. Eur Respir J. 2005;26(2):319-38. doi:
1183/09031936.05.00034805
Pereira CAC, Sato T, Rodrigues SC. Novos valores de
referência para espirometria forçada em brasileiros adultos
de raça branca. J Bras Pneumol. 2007;33(4):397-406. doi:
1590/S1806-37132007000400008
Rabinovich RA, Louvaris Z, Raste Y, Langer D, Van Remoortel H,
Giavedoni S, et al. Validity of physical activity monitors during
daily life in patients with COPD. Eur Respir J. 2013;42(5):1205-
doi: 10.1183/09031936.00134312
Van Remoortel H, Raste Y, Louvaris Z, Giavedoni S, Burtin C,
Langer D, et al. Validity of six activity monitors in chronic
obstructive pulmonary disease: a comparison with indirect
calorimetry. PLoS One. 2012;7(6):391-8. doi: 10.1371/journal.
pone.0039198
Black LF, Hyatt RE. Maximal respiratory pressures: normal
values and relationship to age anda sex. Am Rev Respir Dis.
;99(5):696-702. doi: 10.1164/arrd.1969.99.5.696
Neder JA, Andreoni S, Lerario MC, Nery LE. Reference values
for lung function tests. II. Maximal respiratory pressures and
voluntary ventilation. Braz J Med Biol Res. 1999;32(6):719-27.
doi: S0100-879X1999000600007
American Thoracic Society. ATS Statement: Guidelines
for the Six-Minute Walk Test. Am J Respir Crit Care Med.
;166(1):111-7. doi: 10.1164/ajrccm.166.1.at1102
Britto RR, Probst VS, Andrade AF, Samora GA, Hernandes
NA, Marinho PE, et al. Reference equations for the sixminute walk distance based on a Brazilian multicenter
study. Braz J Phys Ther. 2013;17(6):556-63. doi: 10.1590/
S1413-35552012005000122
Kovelis D, Segretti NO, Probst VS, Lareau SC, Brunetto AF,
Pitta F. Validation of the Modified Pulmonary Functional Status
and Dyspnea Questionnaire and the Medical Research Council
scale for use in Brazilian patients with chronic obstructive
pulmonary disease. J Bras Pneumol. 2008;34(12):1008-18.
doi: S1806-37132008001200005
Yuan W, He X, Xu QF, Wang HY, Casaburi R. Increased difference
between slow and forced vital capacity is associated with
reduced exercise tolerance in COPD patients. BMC Pulm Med.
;14:16. doi: 10.1186/1471-2466-14-16
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Leila Donária, Ana Cristina Schnitzler Moure, Larissa Martinez, Karina Couto Furlanetto, Nidia Aparecida Hernandes, Fabio Pitta
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.