Utilização da poliuretana derivada do óleo da mamona em dispositivos protéticos: estudo preliminar
DOI:
https://doi.org/10.1590/fpusp.v5i1.76807Palavras-chave:
Membros artificiais, PoliuretanoResumo
Com vistas a sua utilização na confecção de luvas ou soquetes macios para os revestimentos dos encaixes de próteses infra-patelares, o presente trabalho desenvolveu e testou a resistência mecânica de uma nova poliuretana derivada do óleo da mamona por meio de ensaios de tração, comparativamente com dois outros tipos de materiais, o elastômero de silicone e uma espuma de borracha sintética, de uso corrente para a mesma finalidade. A poliuretana e o elastômero de silicone foram também testados em uma forma associada com uma alma de malha tubular elástica, totalizando cinco tipos de materiais investigados. Foram considerados parâmetros para análise a carga máxima suportada, a tensão máxima, a tensão máxima de ruptura, o alongamento até a ruptura e o módulo de elasticidade de cada material. Os resultados mostraram que o silicone, com e sem a presença da alma de malha tubular, foi o material mais resistente e que a poliuretana derivada do óleo da mamona apresentou resistência próxima à da espuma de borracha, quando pura, e próxima à do silicone puro, quando associada à malha tubular. Entretanto, a poliuretana mostrou-se um material mais flexível que o silicone. Concluiu-se que, apesar de menos resistente no estado puro, a poliuretana, derivada do óleo da mamona, pode ter sua resistência aprimorada com a associação da malha tubular, mantendo-se ainda mais flexível, com melhor capacidade de absorção e distribuição de carga que o silicone, sendo, portanto, um material adequado para a confecção de luvas protéticas sob o ponto de vista da resistência.