Sintomas osteomusculares e estresse não alteram a qualidade de vida de professores da educação básica
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/16447524032017Palavras-chave:
Docentes, Ensino Fundamental e Médio, Transtornos Traumáticos Cumulativos, Qualidade de VidaResumo
Este estudo avaliou a prevalência de sintomas osteomusculares, nível de estresse e qualidade de vida de professores do ensino básico. A amostra foi composta de 298 professores (265 mulheres e 33 homens) da educação infantil e fundamental do município de Caçador, Santa Catarina. Foram avaliados sintomas osteomusculares (Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares), nível de estresse (Questionário dos Sintomas de Estresse de Lipp) e a qualidade de vida (Questionário WHOQOL-bref). Apresentaram sintomas osteomusculares 48% dos professores e 65% se afastaram das atividades diárias. Manifestaram algum nível de estresse 42% dos professores, principalmente na fase de resistência (73%) e quase-exaustão (19%). Os sintomas psicológicos predominaram sobre os físicos (p<0,05). Os escores médios dos domínios Físico (57,1) e Meio Ambiente (58,2) foram significativamente menores (p<0,001) que os domínios Psicológico (63,8) e Relações Sociais (71,2). O escore da qualidade de vida geral de 62,6 pontos classificou os professores como satisfeitos com a sua qualidade de vida. Em conclusão, a alta prevalência de sintomas osteomusculares e de estresse não altera a qualidade de vida de professores do ensino básico.Downloads
Referências
Erick P, Smith D. Musculoskeletal disorder risk factors in the
teaching profession: a critical review. OA Musculoskelet Med.
;1(3):1-10.
Darwish MA, Al-Zuhair SZ. Musculoskeletal pain disorders
among secondary school Saudi female teachers. Pain Res
Treat. 2013;1-7. doi: 10.1155/2013/878570.
Scheuch K, Haufe E, Seibt R. Teachers’ health. Dtsch Arztebl
Int. 2015;112(20):347-56. doi.: 10.3238/arztebl.2015.0347.
Shuai J, Yue P, Li L, Liu F, Wang S. Assessing the effects of
an educational program for the prevention of work-related
musculoskeletal disorders among school teachers. BMC
Public Health. 2014;14(1):1-9. doi: 10.1186/1471-2458-14-1211.
Kidger J, Brockman R, Tilling K, Campbell R, Ford T, Araya
R, et al. Teachers’ wellbeing and depressive symptoms,
and associated risk factors: A large cross sectional study in
English secondary schools. J Affect Disord. 2016;192:76-82.
doi: 10.1016/j.jad.2015.11.054.
Silva AMC, Herdeiro R. Avaliação do desempenho docente:
conflitos, incertezas e busca de sentido(s). Educ Rev.
;(Esp 1):137-56. doi: 10.1590/0104-4060.41522.
Rocha RER, Prado K Filho, Silva FN, Boscari M, Amer SAK,
Almeida DC. Prevalência de estresse e qualidade de vida de
professores de educação física da educação básica. Unoesc
Ciênc. ACHS U&C - ACHS, 2016;7(2):219-22.
Rodrigues PC. Bioestatística. 3. ed. Niterói: Eduff; 2002.
Bjorner J, Olsen, J. Questionnaires in epidemiology. In: Olsen
J, Saracci R, Trichopoulos D, editors. Teaching epidemiology:
a guide for teachers in epidemiology, public health and clinical
medicine. 3. ed. Oxford: Oxford University Press; 2010. p. 93-104.
Barros ENC, Alexandre NMC. Cross-cultural adaptation of
the Nordic musculoskeletal questionnaire. Int Nurs Rev.
;50(2):101-8. doi: 10.1046/j.1466-7657.2003.00188.x.
Pinheiro FA, Tróccoli BT, Carvalho CV. Validação do
Questionário Nórdico de sintomas osteomusculares como
medida de morbidade. Rev Saúde Pública. 2002;36(3):307-
doi: 10.1590/S0034-89102002000300008.
Lipp MEN. Manual de aplicação do inventário de sintomas de
stress para adultos de Lipp. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2000.
Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira
G, Santos L, et al. Aplicação da versão em português do
instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida
“WHOQOL-bref”. Rev Saúde Pública. 2000;34(2):178-83.
doi: 10.1590/S0034-89102000000200012.
Ferraz EVAP, Lima CA, Cella W, Arieta CEL. Adaptação de
questionário de avaliação da qualidade de vida para aplicação
em portadores de catarata. Arq Bras Oftalmol. 2002;65(3):
-8. doi: 10.1590/S0004-27492002000300002.
Agai-Demjaha T, Minov J, Stoleski S, Zafirova B. Stress
causing factors among teachers in elementary schools and
their relationship with demographic and job characteristics.
J Med Sci. 2015;3(3):493-9. doi: 10.3889/oamjms.2015.077.
Bogaert I, Martelaer K, Deforche B, Clarys P, Zinzen
E. Associations between different types of physical
activity and teachers’ perceived mental, physical, and work-related health. BMC Public Health. 2014;14(1):1-9.
doi: 10.1186/1471-2458-14-534.
Yue P, Liu F, Li L. Neck/shoulder pain and low back pain
among school teachers in China, prevalence and risk factors.
BMC Public Health. 2012;12:1-8. doi: 10.1186/1471-2458-12-789.
Yue P, Xu G, Li L, Wang S. Prevalence of musculoskeletal
symptoms in relation to psychosocial factors. Occup Med
(Lond). 2014;64(3):211-6. doi: 10.1093/occmed/kqu008.
Karakaya İÇ, Karakaya MG, Tunç E, Kıhtır M. Musculoskeletal
problems and quality of life of elementary school
teachers. Int J Occup Saf Ergon. 2015;21(3):344-50.
doi: 10.1080/10803548.2015.1035921.
Erick PN, Smith DR. A systematic review of musculoskeletal
disorders among school teachers. BMC Musculoskelet Disord.
;12(1):1-11. doi: 10.1186/1471-2474-12-260.
Korkmaz NC, Cavlak U, Telci EA. Musculoskeletal pain,
associated risk factors and coping strategies in school
teachers. Sci Res Essays. 2011;6(3):649-657. doi: 10.5897/
SRE10.1064.
Chong EYL, Chan AHS. Subjective health complaints
of teachers from primary and secondary schools in
Hong Kong. Int J Occup Saf Ergon. 2010;16(1):23-39.
doi: 10.1080/10803548.2010.11076825.
Cardoso JP, Ribeiro IQB, Araújo TM, Carvalho FM, Reis EJFB.
Prevalência de dor musculoesquelética em professores.
Rev Bras Epidemiol. 2009;12(4):604-14. doi: 10.1590/
S1415-790X2009000400010.
Durmus D, Ilhanli I. Are there work-related musculoskeletal
problems among teachers in Samsun, Turkey? J Back
Musculoskelet Rehabil. 2012;25(1):5-12. doi: 10.3233/
BMR-2012-0304.
Pihl E, Matsin T, Jürimäe T. Physical activity, musculoskeletal
disorders and cardiovascular risk factors in male
physical education teachers. J Sports Med Phys Fitness.
;42(4):466-71.
Scherer R, Jansen M, Nilsen T, Areepattamannil S, Marsh
HW. The quest for comparability: studying the invariance
of the Teachers’ Sense of Self-Efficacy (TSES) measure
across countries. PLoS One. 2016;11(3):e0150829. doi: 10.1371/
journal.pone.0150829.
Goulart Junior E, Lipp MEN. Estresse entre professoras do
ensino fundamental de escolas públicas estaduais. Psicol Estud.
;13(4):847-57. doi: 10.1590/S1413-73722008000400023.
Silveira KA, Enumo SRF, Batista EP. Indicadores de estresse
e estratégias de enfrentamento em professores de
ensino multisseriado. Psicol Esc Educ. 2014;18(3):457-65.
doi: 10.1590/2175-3539/2014/0183767.
Lipp MEN. O stress do professor. 4. ed. Campinas: Papirus;
Fernandes MH, Rocha VM, Fagundes AAR. Impacto da
sintomatologia osteomuscular na qualidade de vida
de professores. Rev Bras Epidemiol. 2011;14(2):276-84.
doi: 10.1590/S1415-790X2011000200009.
Pereira ÉF, Teixeira CS, Lopes AS. Qualidade de vida de
professores de educação básica do município de Florianópolis,
SC, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2013;18(7):1963-70.
doi: 10.1590/S1413-81232013000700011.
Pereira ÉF, Teixeira CS, Andrade RD, Lopes AS. O trabalho
docente e a qualidade de vida dos professores na educação
básica. Rev Salud Pública. 2014;16(2):221-31. doi: 10.15446/
rsap.v16n2.36484.
Damásio BF, Melo RLP, Silva JP. Sentido de vida, bemestar psicológico e qualidade de vida em professores
escolares. Paidéia (Ribeirão Preto). 2013;23(54):73-82.
doi: 10.1590/1982-43272354201309.
Carlotto MS. Síndrome de burnout em professores:
prevalência e fatores associados. Psic Teor Pesq. 2011;
(4):403-10. doi: 10.1590/S0102-37722011000400003.
Lopes AP, Pontes ÉAS. Síndrome de Burnout: um estudo
comparativo entre professores das redes pública estadual e
particular. Psicol Esc Educ. 2009;13(2):275-81. doi: 10.1590/
S1413-85572009000200010.
Brum LM, Azambuja CR, Rezer JFP, Temp DS, Carpilovsky
CK, Lopes LF, et al. Qualidade de vida dos professores
da área de ciências em escola pública no Rio Grande
do Sul. Trab Educ Saúde. 2012;10(1):125-45. doi: 10.1590/
S1981-77462012000100008.
Moreira HR, Nascimento JV, Sonoo CN, Both J. Qualidade de
vida do trabalhador docente em educação física do estado
do Paraná, Brasil. Rev Bras Cineantropom Desempenho
Hum. 2010;12(6):435-42. doi: 10.5007/1980-0037.2010v12n
p435.
Penteado RZ, Pereira IMTB. Qualidade de vida e saúde
vocal de professores. Rev Saúde Pública. 2007;41(2):236-43.
doi: 10.1590/S0034-89102007000200010.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Fisioterapia e Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.