Tecnologias assistivas e deficiência: um encontro das mulheres-mães com a fabricação digital nos Fab Labs
DOI:
https://doi.org/10.11606/gtp.v17i1.182632Palavras-chave:
Mulheres, Deficiência, Fabricação digital, Fablabs, ProjetosResumo
O espaço que as novas tecnologias têm ocupado no cotidiano das pessoas é cada vez mais amplo. No entanto, tal ocupação não tende a ser democrática e igualitária. Partindo desse olhar, o presente artigo tem como objetivo apresentar percepções a respeito das vivências realizadas em um projeto desenvolvido sobre os seguintes pilares: mulheres-mães, deficiência e desenvolvimento de Tecnologia Assistiva em espaços conhecidos como Fablabs. Através de uma abordagem de cunho exploratório e natureza qualitativa, esse estudo introduz um panorama geral da pesquisa, seguido das explorações e reflexões sobre as atividades realizadas. Em suas etapas práticas, entre outros, foram utilizados métodos de caráter etnográfico e Design Research. O grupo de mulheres, mães de crianças com deficiência, cujo número de integrantes foi variável durante as práticas (de duas a cinco pessoas), realizou atividades de desenvolvimento de produtos de tecnologia assistiva utilizando ferramentas de manufatura digital em um laboratório público da Rede Fablab Livre SP, na cidade de São Paulo, Brasil. As reflexões deste estudo se relacionam com as questões de interpretação dos significados das atividades nesses espaços para o grupo e suas identificações com as tarefas tecnológicas performadas. Dessa forma, procura-se contribuir para um debate com relação à ocupação de ambientes do tipo Fablab, vocacionados a uma entrada social e plural de seus usuários e usuárias.
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