Informalidade invisível e a contribuição da modelagem da informação para uma regulação urbana baseada em dados
DOI:
https://doi.org/10.11606/gtp.v17i1.183767Palavras-chave:
Assentamentos informais, Sistema de informação geográfica, Modelagem da informação da cidade, Forma urbanaResumo
Estudos recentes têm estabelecido o papel das políticas de planejamento urbano na alimentação do crescimento dos assentamentos informais nas cidades brasileiras, por meio da exclusão socioespacial de moradores de baixa renda. As dificuldades de reverter essa lógica excludente se devem a vários fatores complexos. Um fator menos discutido, principalmente na literatura brasileira, mas que começa a chamar a atenção dos estudiosos, é a invisibilidade da cidade informal. Esta pesquisa parte do pressuposto de que é necessário regularizar a forma urbana de assentamentos informais precários, a fim de prevenir a deterioração da qualidade ambiental urbana. Ressaltamos a importância de compilar dados sobre sua forma urbana e seu entorno construído, a fim de contribuir para uma política regulatória baseada na realidade para esses assentamentos. Após discutir o fenômeno da informalidade urbana em Fortaleza, aplicamos uma metodologia que combina Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Modelagem de Informação da Cidade (CIM), para subsidiar a redefinição das regras urbanas para assentamentos precários de origem informal. Este procedimento revelará não apenas a extensão das inadequações (históricas e atuais) das leis de uso e ocupação do solo, mas também apresentará algumas potencialidades do SIG e do CIM para informar sua redefinição.
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