Avaliação pós-ocupação em centros de atenção psicossocial: identificando as demandas e especificidades desta tipologia arquitetônica
DOI:
https://doi.org/10.11606/gtp.v17i4.196428Palavras-chave:
avaliação pós-ocupação, centros de atenção psicossocial, saúde mentalResumo
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) fornecem o atendimento integral à saúde mental, com equipe multidisciplinar em um equipamento público próprio. Atualmente, a maior parte das unidades está instalada em construções pré-existentes adaptadas, por vezes sem a participação dos trabalhadores no desenvolvimento das adequações arquitetônicas. Soma-se a isso o fato das principais referências para o projeto destes espaços carecerem de definições quanto a aspectos da humanização, do conforto e da otimização do trabalho. Este estudo visa verificar o quão adequadas estão as instalações para o desempenho das atividades que compõem o tratamento da saúde mental. Para tal, foram realizadas Avaliações Pós-Ocupação em três unidades da cidade de São Paulo, cujas edificações foram reformadas para servirem como CAPS AD III. Um levantamento técnico coletou dados acerca da arquitetura dos edifícios e trabalhadores responderam a um questionário acerca de sua percepção da qualidade ambiental. 100 pessoas participaram do estudo. Os resultados indicam que as exigências do Manual de Estrutura Física dos CAPS, bem como os requisitos dispostos nas normativas correspondentes aos CAPS, não contemplam todo o programa de necessidades. Na discussão, são tratadas demandas e especificidades identificadas para esta tipologia, como: o seu estilo residencial, a oportunidade de personalização do espaço, a promoção do acolhimento e da autonomia, o conforto ambiental e os espaços exclusivos para a equipe. Como contribuição principal, este estudo mostra o quanto a inclusão do usuário no processo de projeto é essencial para uma melhor adequação do programa às necessidades de um estabelecimento assistencial à saúde mental.
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