Fotografia e (des) encontro: a narrativa fotográfica do contato oficial dos Asuriní do Xingu e suas versões
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2018.142388Palavras-chave:
Asuriní do Xingu, Fotografia, Lukesch, Contato, BrancosResumo
Este artigo aborda os encontros e desencontros de concepções e entendimentos entre os Asuriní do Xingu e os padres etnólogos, que realizaram o contato oficial com o grupo em 1971, em torno da presença da fotografia nessa situação. Pretende explorar de forma comparativa a presença das fotografias no projeto documental e científico de Lukesch, publicado em 1976 no livro Bearded indians of the tropical forest, em contraposição à sua agência entre os Asuriní quase quarenta anos depois. O objetivo é construir uma narrativa fotográfica do contato informada por versões de padres etnólogos e de índios. Tais versões por vezes se contrapõem, ao mesmo tempo que revelam que fotografias funcionam como mediadoras de relações entre índios e brancos. Se as fotografias são as mesmas, seus usos são bastante distintos: os padres etnólogos as empregam como evidências de que o contato foi pacífico, e os Asuriní as utilizam como artefatos da memória.
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