Os cantos da reahu: uma reflexão antropólogica sobre os cantos Yanonamɨ do rio Marauiá e rio Maturacá

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.199376

Palavras-chave:

Antropologia, Canto, Performance, Yanonami

Resumo

Neste texto iremos abordar os cantos noturnos denominados amõamõu dos grupos yanonami do rio Marauiá e do rio Maturacá, os quais, juntamente com a dança praiai, acontecem durante a festa ritual dos mortos, chamada na língua Yanomami de Reahu. Procurando determinar as dinâmicas dos cantos e seus contextos no estabelecimento das relações sociais do grupo, a base teórico-metodológica dar-se-á pelos escritos da Antropologia da Performance, alicerçados pelos trabalhos de campo realizados durante o doutoramento dos autores.

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Biografia do Autor

  • Luiz Davi Vieira Gonçalves, Universidade do Estado do Amazonas

    Luiz Davi Vieira Gonçalves é professor Adjunto do curso de Teatro e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas – PPGICH da Universidade do Estado do Amazonas. Pós-doutorando em Teatro pela Universidade de São Paulo. Doutor e Pós-doutor em Antropologia Social (UFAM). Bacharel e licenciado em Artes Cênicas (UFG). Na modalidade participante integra os seguintes Grupos de Pesquisa: Grupo Maracá CNPq/UFAM, Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena – NEAI-UFAM, grupo IMAM: Imagem, Mito e Imaginário nas Artes da Cena CNPq/UFG e o Núcleo de Antropologia, Performance e Drama NAPEDRA CNPq/USP. É integrante pesquisador da ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas, coordenando o GT IMAM. Coordenador do Instituto de Pesquisa Tabihuni e Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Brasil Plural – IBP.

  • Mboe’esara Esãîã Tremembé, Universidade Federal do Amazonas

    Mbo’esara Esãîã, é antropólogo da etnia Tremembé, nasceu no estado do Ceará, nordeste do Brasil. Aos 20 anos se mudou para Recife -PE, onde se formou em Licenciatura Plena em Filosofia pelo Instituto Salesiano de Filosofia- INSAF em 2006. Em 2007 foi convidado a trabalhar com o Povo indígena Yanomami da região do estado do Amazonas na área da educação, onde aprendeu a língua e o modo de vida do povo yanomami. Em 2008 ingressou no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas, Brasil, com dissertação sobre Mito e Ethos yanomami. Em 2019, ingressou no mesmo programa para cursar o doutorado também em antropologia social. Atualmente, Mbo’esara Esãîã é Gestor da Escola Estadual Indígena Sagrada Família, escola yanomami que fica no Rio Marauiá no distrito de Santa Isabel do Rio Negro, Amazonas, Brasil.

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Publicado

2023-09-01

Edição

Seção

Dossiê Mundos em Performance: Napedra 20 Anos

Como Citar

Gonçalves, Luiz Davi Vieira, e Mboe’esara Esãîã Tremembé. 2023. “Os Cantos Da Reahu: Uma reflexão antropólogica Sobre Os Cantos Yanonamɨ Do Rio Marauiá E Rio Maturacá”. GIS - Gesto, Imagem E Som - Revista De Antropologia 8 (1): e199376. https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.199376.