Arte e política: o artivismo como linguagem e ação transformadora do mundo?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.202989Palavras-chave:
Arte, Política, Artivismo, Dissidências, Estética da confrontaçãoResumo
Num presente descrito como de crise e incerteza, diferentes pessoas e grupos se questionam e buscam respostas sobre como habitar um mundo que se desfaz nas mãos do extrativismo, do produtivismo, do progresso e da insatisfação consumista. Propõem-se horizontes alternativos a esta necropolítica global em que se estabeleçam novos encontros e formas de estar-com-outros. E, neste ínterim, a arte é assumida como um dispositivo
concreto “para adiar o fim do mundo”, para a vida e para outros mundos possíveis. Que ideia de futuro impulsiona projetos e performances artísticas, coletivas ou em solilóquios? Que novos significados nas práticas artísticas contemporâneas ligam pessoas e mundos, criam ecologias e
ambientes para intervenções e formulam desejos na formação de novas comunidades políticas? Como a política, a arte é uma questão de vida ou de morte, mas talvez por argumentos opostos. Poderá a arte mudar o destino, enquanto estética da confrontação?
Downloads
Referências
Bishop, Claire. 2012. Artificial hells: participatory art and the politics of spectatorship. London: Verso Books.
Blanes, Ruy, Alex Flynn, Maite Maskens e Jonas Tinius. 2016. Micro-utopias: anthropological perspectives on art, relationality, and creativity. Cadernos de Arte e Antropologia, vol. 5, no. 1: 5-20.
Bourriaud, Nicolas. 1998. Esthétique relationnelle. Dijon: Les Presses du reel.
Butler, Judith e Athena Athanasiou. 2013. Dispossession: the performative in the political. Cambridge: Polity Press.
Burocco, Laura. 2022. “Siamo arrabbiati, siamo tristi, siamo stanchi, siamo uniti”. Il Manifesto, 17 set. 2022. Disponível em: <https://bit.ly/3wFLN0Z>. Acesso em: 19 set. 2022.
Cesarino, Pedro. 2017. Alianças afetivas. In Tembetá, org. Sergio Cohn e Idjahure Kadiwel, 169-184. Rio de Janeiro: Azougue.
Conti, José Ernesto. 2017. Nu com a mão no bolso! Comunhão, 23 out. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/40hkveU>. Acesso em: 22 set. 2022.
Delgado, Manuel. 2018. Sacudidas teatrales em la ciudad. El País, 5 mar. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/3YcPWFv>. Acesso em: 20 dez. 2022.
Duncombe, Steve e Steve Lambert. 2021. The art of activism. New York, London: OR Books.
Fischer-Lichte, Erika. 2019. Estética do performativo. Lisboa: Orfeu Negro.
Kester, Grant. 2011. The one and the many: contemporary collaborative art in a global context. Durham: Duke University Press.
Longman, Gabriela e Diego Viana. 2010. Rancière: ‘a política tem sempre uma dimensão estética’. Cult, 30 mar. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2wCWKB9>. Acesso em: 22 set. 2022.
Louis, Édouard e Ken Loach. 2022. Diálogos sobre arte e política, trad. José Alfaro. Lisboa: Orfeu Negro.
Macclancy, Jeremy. 1997. Anthropology, art, and contest. In Contesting art: art, politics and identity in the modern world, ed. Jeremy Macclancy, 1-25. Oxford, New York: Routledge.
Malzacher, Florian. 2015. Not just a mirror: looking for the political theatre of today, Santo Tirso: House of Fire.
Martin, Carol. 2013. Theatre of the real. Basingstoke: Palgrave Macmillan.
Mbembe, Achille. 2018. Necropolítica. São Paulo: n-1 Edições.
Mombaça, Jota. 2021. Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro: Cobogó.
Rancière, Jacques. 2010. Estética e política: a partilha do sensível. Porto: Dafne.
Raposo, Paulo. 2015. “Artivismo”: articulando dissidências, criando insurgências. Cadernos de Arte e Antropologia, vol. 4, no. 2: 3-12.
Raposo, Paulo. 2022. Performances políticas e artivismo: Arquivo, repertório e re-performance. Novos Debates, vol. 8, no. 1: 1-27.
Safatle, Vladimir Pinheiro. 2020a. Bem vindos ao estado suicidário. n-1 edições. 2020. Disponível em: <https://bit.ly/3kVB28b>. Acesso em: 19 set. 2022.
Safatle, Vladimir. 2020b. Para além da necropolítica. In Pandemia Crítica, n-1 edições. 2020. Disponível em: <https://bit.ly/3XVqVis>. Acesso em: 12 set. 2022.
Sansi, Roger. 2014. Art, anthropology and the gift. London: Bloomsbury.
Sansi, Roger. 2020. Utopia and idiocy: public art experiments in the metropolitan region of Barcelona. City & Society, vol. 32, no. 2: 250-271.
Santander Brasil. 2017. Nota sobre a exposição queermuseu. Facebook Santander Brasil, 10 set. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/3YctpbH>. Acesso em: 22 set. 2022.
Schechner, Richard. 1981. Restoration of Behavior. Studies in Visual Communication 7 (3), 2-45.
Schechner, Richard. 2011. Performers e espectadores: transportados e transformados. Moringa: Artes do Espetáculo, vol. 2, no. 1: 155-185.
Silva, Denise Ferreira da. (2020). Ler a arte como confronto, trad. Michelle Sales, Fernando Gonçalves e Daniel Meirinho. Logos, vol. 27, no. 3: 290-296.
Silva, Eduardo Cristiano Haas da e Bárbara Virgínia Groff da Silva. 2019. Cena de interior II e queermuseu: cartografias das diferenças na arte brasileira silenciadas em Porto Alegre. Palíndromo, vol. 11, no. 25: 246-265.
Souza, Fabiana Lopes de e Maristani Polidori Zamperetti. 2017. Arte, gênero e cultura visual: um olhar para as artistas mulheres. Momento: diálogos em educação, vol. 26, no. 2: 248-264.
Grunvald, Vi e Paulo Raposo. Arte e política: o artivismo como linguagem e ação transformadora do mundo. Mesa Redonda 20 anos do NaPedra – Sismologia da Performance, com Luana Raiter, Julianna Rosa de Souza, Gustavo Bonfiglioli e Celia Asturizaga Chura. São Paulo, Brasil, 30 nov. 2021, vídeo, 182’. Disponível em: <https://bit.ly/3DoDTwA>. Acesso em: 22 ago. 2022.
Pasolini, Pier Paolo. Love meetings (1964) Comizi d’Amore. Documentário. Itália, 5 mai. 1965, vídeo, 92’. Disponível em: <https://bit.ly/3Yc6Tjj>. Acesso em: 19 set. 2022.
Fabião, Eleonora e André Lepecki. Mesa 3: Eleonora Fabião/André Lepecki (Nós aqui, entre o céu e a terra). Congresso Interartes – derivas e contágios – Eco-Pós UFRJ. Mediação: Katia Maciel. Rio de Janeiro, Brasil, 8-10 mar. 2022:, vídeo, 122’. Disponível em: <https://bit.ly/3HJn1U4>. Acesso em: 19 set. 2022.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Paulo Raposo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-ND que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.