Integralidade Na Formação De Terapeutas Ocupacionais: Análise Das Percepções e Estrutura Curricular Da Graduação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-376X.v8i1p%25pPalavras-chave:
Política de Educação Superior, Currículo, Terapias Complementares, Terapia Ocupacional, EstudantesResumo
Introdução: Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) na área da Terapia Ocupacional (TO) requerem formação e discussão no processo de graduação para garantia de acesso e cuidados dentro do raciocínio integral do corpo, mente, emoções e conexões. Objetivos: Verificar a formação, percepções e experiências com PICS de graduandos em TO da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Métodos: Estudo transversal, exploratório, descritivo e quantitativo com uso de questionário online desenvolvido na pesquisa com graduandos no último semestre e análise da estrutura curricular e planos de ensino. Resultados e discussão: Do total de 17 graduandos, 12 referiram conhecimentos sobre as PICs (100%), 92% utilizaram para fins pessoais, e 17% afirmaram dúvidas da sua efetividade e incerteza da credibilidade no Sistema Único de Saúde (SUS), como recurso terapêutico na profissão. Observou-se mínima a formação oferecida sobre as PICS, das 69 matérias na graduação, 3 trataram da temática de forma teórica e experimental, com baixa carga horária e insuficiência de conteúdo para uso e raciocínio profissional. Considerações finais: Evidencia-se a necessidade de mudanças curriculares para incorporar essas práticas como recurso terapêutico dentro da profissão de forma a garantir o acesso e cuidados de qualidade à população.
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Referências
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