Caracterização geoquímica e mineralógica de uma seção ao longo da laterita niquelífera da Fazenda da Roseta, Liberdade, Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v18-122283Palavras-chave:
Perfil laterítico, Niquelífero, Minério tipo A, Minério tipo C, Minerais garnieríticos, Goetita.Resumo
Estudos geoquímicos e mineralógicos empreendidos ao longo de uma seção do perfil laterítico niquelífero da Fazenda da Roseta, Liberdade, Sul de Minas Gerais, revelaram teores significativos tanto na zona saprolítica (minério tipo A) quanto no horizonte oxidado (minério tipo C). O minério tipo A, bem definido no 1,5 m inferior da seção, contém teores da ordem de 1,7 wt.% NiO, com minerais garnieríticos amorfos, além de clorita e provavelmente serpentina, como fases niquelíferas. Um intervalo de cerca de 2 m define uma zona transicional do minério silicático para o oxidado, caracterizado por gradual absorção de blocos residuais da rocha parental em um plasma goetítico. Impregnações e veios de asbolano em stockwork, em consonância com anomalias de Mn e Co, delineiam o limite externo dessa zona. Baseado no conteúdo em Ni, o minério oxidado estende-se por aproximadamente 4 m. Teores médios giram em torno de 1,2 wt.% NiO, em que goetita é o principal hospedeiro de Ni, além de talco secundário. Desde a porção mais interna da seção, observa-se que o Ni é continuamente lixiviado. Assinaturas geoquímicas anômalas podem indicar a ocorrência de diques de rochas exóticas cortando o regolito. A ausência de esmectitas demonstra que condições de fluxo hídrico ativas prevaleceram durante o desenvolvimento do perfil, fato corroborado pela substituição de caolinita por gibsita, implicando condições de hidrólise severas. Veios de caolinita na zona de gibsita sugerem origem pós-laterítica. A gênese do perfil define uma evolução em pH de levemente alcalino nos estágios iniciais (associação quartzo-caolinita-zeólita) para ligeiramente ácido nas fases mais avançadas (presença de goetita aluminosa).
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