Sondagens elétricas verticais na cartografia da vulnerabilidade à contaminação do Aquífero Adamantina, em Urânia, São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-173647Palavras-chave:
Resistividade, Condutância longitudinal, Contaminação de aquíferoResumo
A cidade de Urânia enfrenta problemas de contaminação do Aquífero Adamantina desde a década de 1970, assim como muitas áreas urbanas paulistas. Uma das ferramentas fundamentais para o planejamento territorial é a cartografia da vulnerabilidade à contaminação de aquíferos. Uma das limitações de tal técnica é o difícil acesso ao aquífero, para o estabelecimento dos níveis aquíferos e das características litológicas da zona não saturada. Assim, este trabalho identificou as áreas de recarga do aquífero na região que são mais susceptíveis à degradação antrópica, a partir de uma técnica geofísica de sondagem elétrica vertical. Os resultados foram obtidos por meio das sondagens elétricas verticais e dos poços de monitoramento, e o índice de vulnerabilidade foi definido por meio do parâmetro de condutância longitudinal de Dar Zarrouk, aliado às características do aquífero, como o tipo de aquífero, o nível d’água e a litologia da zona não saturada. A partir do mapa de vulnerabilidade, foi possível indicar a área sudeste da região de estudo como a mais propensa à contaminação em razão do material geológico permeável e da pouca espessura da zona não saturada.
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