O problema da informação: considerações sobre a designação da área
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v13i2p5-28Palavras-chave:
Problema informacional., Área de Informação., Epistemologia., Ciência da Informação.Resumo
Bibliografia, biblioteconomia, documentação, organização do conhecimento, ciência da informação dentre outras disciplinas compartilham aspectos teóricos e práticos que tornam as fronteiras disciplinares imprecisas e dificultam a definição epistemológica de pesquisas. Para constatar essas imprecisões metodológicas, foi realizada uma análise semântica das definições de biblioteconomia, documentação e ciência da informação. A partir disso, foi discutida a noção de problema no contexto da ciência e refletido sobre o problema informacional. O problema informacional é considerado como elemento comum entre as diferentes disciplinas, que o abordam a partir de suas especificidades. Propõe-se a noção de Área de Informação como forma de se referir ao conjunto de conhecimentos relativos ao problema informacional sem, no entanto, conformar uma unidade. A Área de Informação revela-se agregadora e viabiliza um solo epistemológico para fundamentação de pesquisas sobre os tópicos comuns às diversas disciplinas.
Downloads
Referências
AMORIM, Igor Soares; MOSTAFA, Solange Puntel. O plano de imanência da área de informação e a máquina de guerra. Informação & Sociedade, João Pessoa, v. 28, n. 2, 2018.
AMORIM, Igor Soares; SALES, Rodrigo. Tensões epistemológicas na Bibliografia e na Documentação: os diferentes olhares de Otlet e Ranganathan. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, v. 12, n. 2, p. 4-31, 2021.
ARAÚJO, C. A. Á. Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da informação: o diálogo possível. Brasília: Briquet de Lemos, 2014.
BIANCHI, Alvaro. Temas e problemas nos projetos de pesquisa. Estudos de Sociologia, Araraquara, v.7, n. 13/14, p. 75-91, 2003.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. Dimensões da palavra. Filologia e linguística portuguesa, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 81-118, 1998.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. O conhecimento, a terminologia e o dicionário. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 58, n. 2, p. 35-37, abr./jun. 2006.
BORKO, Harold. Information science: what is it? American documentation, v. 19, n. 1, p. 3-5, 1968.
BUCKLAND, Michael K. Information as thing. Journal of the American Society for Information Science, v. 42, n. 5, p. 351-360, 1991.
BURKE, P. Problemas causados por Gutenberg: a explosão da informação nos primórdios da Europa moderna. Estudos avançados, São Paulo, v. 16, n. 44, p. 173-185, 2002.
CAPES. Relatório de avaliação 2013-2016: quadrienal 2017. 2016. Disponível em: http://capes.gov.br/images/documentos/Relatorios_quadrienal_2017/RELATORIO_QUADRIENAL_COMUNICACAO.pdf. Acesso em: 29 jan. 2018.
CAPES. Tabela de áreas de conhecimento/avaliação. 2014. Disponível em: https://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/tabela-de-areas-do-conhecimento-avaliacao. Acesso em 16 nov. 2019.
CAPURRO, R. Epistemologia y ciencia de la información. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 5., 2003, Belo Horizonte, MG. Anais […] Belo Horizonte, MG: Escola de Ciência da Informação da UFMG, 2003.
CUNHA, M.B.; CAVALCANTI, C.R. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34, 2010.
FLUSSER, V. A escrita: há futuro para a escrita? São Paulo: Annablume, 2010.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 5. ed. São Paulo: Loyola, 1999.
GUIMARÃES, Eduardo. Designação e acontecimento. Traços de linguagem: revista de estudos linguísticos, Cáceres, v. 3, n. 2, 2019.
GUIMARÃES, Eduardo. Espaço de enunciação, cena enunciativa, designação. Fragmentum, Santa Maria, n. 40, p. 49-68, 2014.
GUTIÉRREZ RODILLA, B. M. La ciencia empieza en la palabra: análisis e historia del lenguaje científico. Barcelona: Península, 1998.
JACKSON, Sidney L. Pioneer librarianship thinking in the early nineteenth century: Schrettinger, Ebert and Molbech. International Library Review, v. 3, n. 1, p. 67-76, 1971.
MOSTAFA, Solange Puntel. Ciência da informação: uma ciência, uma revista. Ciência da informação, Brasília, v. 25, n. 3, 1996.
ORTEGA Y GASSET, José. Missão do bibliotecário. Trad. Antonio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos, 2006.
ORTEGA, Cristina Dotta. Relações históricas entre biblioteconomia, documentação e ciência da informação. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v. 5, n. 3, p. 1-16, out. 2004.
OTLET, P. Documentos e documentação. In: Introdução aos trabalhos do Congresso Mundial da Documentação Universal. Paris, 1937. Disponível em: http://www.conexaorio.com/biti/otlet/index.htm. Acesso em: 01 ago. 2020.
OTLET, Paul. Tratado de documentação: o livro sobre o livro teoria e prática. Brasília: Briquet de Lemos, 2018.
PRADO JUNIOR, B. A ideia de ‘plano de imanência’. In: ALLIEZ, Éric (org.). Gilles Deleuze: uma vida filosófica. São Paulo: 34, 2000.
SABBA, Fiammetta. Ebert versus Schrettinger, da lógica cultural (bibliografia) à lógica bibliotecária (biblioteconomia)? Informação & Informação, Londrina, v. 23, n. 2, p. 203-231, 2018.
SALDANHA, Gustavo Silva. A grande bibliologia: notas epistemológico-históricas sobre a ciência da organização dos saberes. Transinformação, Campinas, v. 28, n. 2, p. 195-207, 2016.
SHERA, Jesse H.; EGAN, Margaret E. Exame do estado atual da Biblioteconomia e Documentação. In: BRADFORD, S. C. Documentação. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.
SHERA, Jesse. Epistemologia social, semântica geral e Biblioteconomia. Ciência da Informação, Brasília, v. 6, n. 1, 1977.
SOLOMON, Délcio Vieira. A maravilhosa incerteza: pensar, pesquisar e criar. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Ao encaminhar textos à InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, o autor concorda com as prerrogativas do DOAJ para periódicos de acesso aberto adotadas pela revista:
- concessão à revista o direito de primeira publicação sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite acessar, imprimir, ler, distribuir, remixar, adaptar e desenvolver outros trabalhos, com reconhecimento da autoria.
- autorização para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista , como a publicação em repositorios institucionais desde que o reconhecimento da autoria e publicação inicial na InCID
- leitores podem ler, fazer download, distribuir, imprimir, linkar o texto completo dos arquivos sem pedir permissão prévia aos autores e/ou editores, desde que respeitado o estabelecido na Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0).
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes.