As folksonomias e a teoria dos protótipos: avaliação das plot Keywords de filmes slasher no IMDb
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v13i1p73-93Palavras-chave:
folksonomia, teoria dos protótipos, categorização, gênero cinematográfico], slasherResumo
Trata-se de um estudo metodológico, visando avaliar como sistemas de folksonomias podem contribuir para a indexação de obras cinematográficas, tendo como base teórica a Teoria dos Protótipos, oriunda da Linguística Cognitiva. Para tal, foi elaborado um corpus de análise composto por 25 filmes indexados na plataforma Internet Movie Database (IMDB) sob o termo slasher, que se refere a um subgênero do cinema de terror. Através do sistema de plot keywords do IMDB, foram extraídos 631 termos únicos deste corpus, atribuídos livremente pelos usuários da plataforma. A seguir, analisou-se quais termos além de slasher eram compartilhados por mais de um título presente no corpus, buscando obter aquelas keywords de maior valor semântico para a delimitação da categoria slasher. Foram identificadas 43 plot keywords compartilhadas, que são apresentadas graficamente de acordo com seu nível de frequência. Também buscou-se constatar quais os filmes mais centrais da categoria, aqueles que compartilhavam mais plot keywords com seus pares. Constatou-se que o filme mais prototípico dentro do recorte analisado compartilha 19 termos com os outros membros do corpus. Os termos que os três filmes mais centrais da categoria compartilham com seus pares foram apresentados graficamente. Conclui-se afirmando que a apreensão e descrição de atributos característicos do subgênero cinematográfico slasher por parte do público leigo condiz com o que é observado como significante pela literatura especializada no tema; disto, observa-se que os postulados trazidos pela Teoria dos Protótipos se mostram úteis para se analisar quais atributos são semanticamente significativos na delimitação de uma categoria auxiliando no processo de indexação.
Downloads
Referências
AUMONT, J.; MARIE, M. Dicionário teórico e crítico de cinema. Campinas: Papirus, 2003.
CLOVER, C. J. Men, women, and chainsaws: gender in the modern horror film. Princeton: Princeton University Press, 2003.
COUSINS, M. História do cinema. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
COWAN, G.; O’BRIEN, M. Gender and survival vs. death in slasher films: a content analysis. Sex Roles, v. 23, n. 3/4, 1990. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1007/BF00289865. Acesso em: 27 ago. 2021.
DIECKMAN, C. S. Perceptions on aboutness of documentary films: comparing fast headings to user-created IMDB "plot keywords". Iowa, 2020. Color. Disponível em: https://cornerstone.lib.mnsu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1024&context=olac-conference. Acesso em: 25 jun. 2021.
DUQUE, P. H. Teoria dos protótipos, categoria e sentido lexical: primeira parte. Revista Philologus, Rio de Janeiro, Ano 7, n. 21, set./dez. 2001. Disponível em: http://www.filologia.org.br/revista/21/13.pdf. Acesso em: 12 fev. 2021.
GORE. In: CAMBRIDGE ADVANCED LEARNER'S DICTIONARY & THESAURUS. [S. l.]: Cambridge Press, 2021. Disponível em: https://dictionary.cambridge.org/dictionary/english/gore. Acesso em: 27 ago. 2021.
GORE. In: MERRIAM-WEBSTER.COM DICTIONARY. [S. l.]: Merriam-Webster, 2021. Disponível em: https://www.merriam-webster.com/dictionary/gore. Acesso em: 27 aug. 2021.
GUEDES, R. M.; DIAS, E. J. W. Indexação social: abordagem conceitual social indexing: conceptual approach. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 39-53, 2010. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/72859. Acesso em: 16 jun. 2021.
KAAY, C. V.; KAAY, K. F. Horror films by subgenre: a viewer⠹s guide. Jefferson: McFarland & Company, 2016.
KIPP, M. E. I.; BEAK, J.; GRAF, A. M. Tagging of banned and challenged books. Knowledge Organization, Würzburg, v. 42, n. 5, p. 276-283, 2015.
KIPP, M. E. I.; CAMPBELL, D. G. Patterns and inconsistencies in collaborative tagging systems: an examination of tagging practices. Proceedings of the American Society for Information Science and Technology, v. 43, n. 1, p. 1-18, 10 out. 2007. DOI: http://dx.doi.org/10.1002/meet.14504301178.
MONTEIRO-KREBS, L.; LAIPELT, R. C. F. Teorias da linguística cognitiva para pensar a categorização no âmbito da ciência da informação. Transinformação, Campinas, v. 30, n. 1, p. 81-93, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2318-08892018000100007. Acesso em: 12 fev. 2021.
LIMA, G. A. B. O. Modelos de categorização: apresentando o modelo clássico e o modelo de protótipos. Perspectivas em Ciência da informação, Belo Horizonte, v. 15, n. 2, p. 108-122, ago. 2010. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-99362010000200008. Acesso em: 21 maio 2021.
MORAES, L. B.; LOBO, P. M. S. Folksonomia: a tagzação da informação na era digital. Revista Bibliomar, v. 19, n. 1, p. 110-124, 2020. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/141911. Acesso em: 17 jun. 2021.
NOLAN, J. M.; RYAN, G. W. Fear and loathing at the cineplex: gender differences in descriptions and perceptions of slasher films. Sex Roles, v. 42, n. 1/2, p. 39-56, 2000. DOI:
http://dx.doi.org/10.1023/a:1007080110663. Acesso em: 27 ago. 2021.
PETRIDIS, S. A historical approach to the slasher film. Film International, v. 12 n. 1, p. 76–84, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1386/fiin.12.1.76_1. Acesso em: 27 ago. 2021.
PRIMATI, C. Prefácio. In: ALMEIDA, C. Cemitério perdido dos filmes B. São José dos Pinhais: Estranho, 2014.
PROHÁSZKOVÁ, V. The genre of horror. American International Journal of Contemporary Research, v. 2, n. 4, p. 132-142, abr. 2012. Disponível em: http://www.aijcrnet.com/journals/Vol_2_No_4_April_2012/16.pdf. Acesso em: 14 jun. 2021.
SAPOLSKY, B. S.; MOLITOR, F.; LUQUE, S. Sex and violence in slasher films: re-examining the assumptions. Journalism & Mass Communication Quarterly, v. 80, n. 1, p. 28-38, mar. 2003. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1177/107769900308000103. Acesso em: 14 jun. 2021.
TANENBAUM, T. J. Issues in decision tree classification of film genre using plot features. 2008. Disponível em: https://www.semanticscholar.org/paper/Issues-in-Decision-Tree-Classification-of-Film-Plot-Tanenbaum/2c8370f95d743edbe71508b51f4cec59c6641f4a. Acesso em: 27 ago. 2021.
TAYLOR, John R. Prototypes in linguistic theory. 2.ed. Oxford: Clarendon, 1995.
WAL, T. V. Online information folksonomy presentation posted. Personal Infoclud. 2006. Disponível em: http://www.personalinfocloud.com/blog?category=Folksonomy. Acesso em: 08 set. 2021.
WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Ao encaminhar textos à InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, o autor concorda com as prerrogativas do DOAJ para periódicos de acesso aberto adotadas pela revista:
- concessão à revista o direito de primeira publicação sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite acessar, imprimir, ler, distribuir, remixar, adaptar e desenvolver outros trabalhos, com reconhecimento da autoria.
- autorização para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista , como a publicação em repositorios institucionais desde que o reconhecimento da autoria e publicação inicial na InCID
- leitores podem ler, fazer download, distribuir, imprimir, linkar o texto completo dos arquivos sem pedir permissão prévia aos autores e/ou editores, desde que respeitado o estabelecido na Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0).
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes.