Cultural mediation of information about the “image” of women in Marina Colasanti’s short stories
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v14i1p113-134Keywords:
Cultural Mediation of Information, Social Representation of Women, Patriarchy, Brazilians Short storiesAbstract
Historically, women have been subjected to a submissive and resigned position in society, a reality largely reproduced in different social and cultural spaces. Hence, this paper reflects on the representations of women reproduced in the short stories “Para que ninguém a quisesse” (1999) and “Atrás do espesso véu” (2016) by author Marina Colasanti, based on the cultural mediation of information. For this purpose, a bibliographic, descriptive exploratory research was conducted using Laurence Bardin’s categorical content analysis. While the first tale depicts a woman subjected to total submission and resignation, the second story attributes a new meaning to this female representation by creating an active and questioning character who opposes the established patriarchal model. Thus, although opposite each other regarding the image of women they depict, the two stories analyzed are important informational and cultural productions that demand a critical reading considering their intersection with society and their questioning of reality. Finally, the perspectives presented by the short stories can contribute to unveiling women’s potentialities when included in a process of cultural mediation of information, committed to a dialectical analysis of reality, which allows subsidizing the awareness, resistance, and reframing of women’s role in society.
Downloads
References
ALMEIDA JÚNIOR, O. F. de. Mediação da informação e múltiplas linguagens. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação. Brasília, v. 2, n.1, p. 89-103, jan./dez. 2009. Disponível em: https://www.brapci.inf.br/_repositorio/2010/01/pdf_9aa58ba510_0007871.pdf. Acesso em: 01 mar. 2022.
AMARAL, C. I. Representações do feminino e do masculino nas estórias infantis. 2004. 197f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba: 2004. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/Sociologia/dissertacoes/celena.pdf. Acesso em: 01 mar. 2022.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BEZERRA, A. C.; CAVALCANTE, L. de F. B. Mediação cultural da informação para o reencantamento do mundo. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 25, p. 01-19, set. 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2020.e72831. Acesso em: 20 jan. 2022.
CAMURÇA, S. Nós Mulheres e nossa experiência comum. Cadernos de Crítica Feminista, Recife, n. 0, v. 1, p. 12- 25, dez. 2007. Disponível em: https://soscorpo.org/wp-content/uploads/NosMulheres_e_nossaexperienciacomum_SilviaCamurca2007.pdf. Acesso em: 16 mar. 2022.
CANDIDO, A. O direito à literatura. In: CANDIDO, A. Vários escritos. 5. ed. Rio de janeiro: Ouro sobre azul, 2011. p. 169-193.
CARNEIRO, S. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Recife: Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas – NEABI, 2020. Disponível em: https://www.patriciamagno.com.br/wp-content/uploads/2021/04/CARNEIRO-2013-Enegrecer-o-feminismo.pdf. Acesso em: 18 mar. 2022.
CAUNE, J. La médiation culturelle: une construction du lien social. 1999. Disponível em: https://lesenjeux.univ-grenoble-alpes.fr/wp-content/uploads/2018/12/04-2000-Caune.pdf. Acesso em: 01 mar. 2022.
CAVALCANTE, L. E. Informação social, solidária e desenvolvimento local. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO,15., 2014, Belo Horizonte. Anais […] Belo Horizonte: UFMG, 2014. p. 1321-1337. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/18304. Acesso em: 01 mar. 2022.
COLASANTI, M. Contos de amor rasgados. Espírito Santo: Marzipan, 2016.
COLASANTI, M. Um espinho de marfim e outras histórias. São Paulo: LPM Poket, 1999.
DAVALLON, J. A mediação: a comunicação em processo? Prisma.com: Revista de Ciências e Tecnologias da Informação e Comunicação, Porto, n. 4, p 3-36, 2007. Disponível em: https://ojs.letras.up.pt/index.php/prismacom/article/view/2100. Acesso em: 08 mar. 2022.
EAGLETON, T. A ideia de cultura. São Paulo: editora Unesp, 2005.
FEDERICI. S. Calibã e bruxa: mulheres, corpo e acumulação capitalista. São Paulo: Elefante, 2017.
JEANNERET, Y. Médiation. In: UNESCO. La société de l’information: glossaire critique. Paris: La Documentation Française, 2005. p. 105-107. Disponível em: https://www.diplomatie.gouv.fr/IMG/pdf/Glossaire_Critique.pdf. Acesso em: 18 mar. 2022.
MARQUES, M. F. J. Questões de gênero na vida de mulheres mães de crianças com deficiência. 2019. 220 f. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/28200/1/Quest%c3%b5esg%c3%aanerovida_Marques_2019.pdf. Acesso em: 05 mar. 2022.
MARTELETO, R. M. Conhecimento e sociedade: pressupostos da antropologia da informação. In: AQUINO, M. A. O campo da ciência da informação: gênese, conexões e especificidades. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2002. p.101-115.
MARTINS, A. A. L. Em torno da mediação: contribuições para fundamentação teórico-epistemológica da categoria nos estudos da informação. Ciência da Informação em Revista, Maceió, v. 6, n. 1, p. 4-19, maio, 2019a. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/cir/article/view/6010. Acesso em: 05 mar. 2022.
MARTINS, A. A. L. Mediação: categoria lógica, ontológica, epistemológica e metodológica. Investigación Bibliotecológica, Ciudad de México, v. 33, n. 80, p. 133-154. jul./sept. 2019b, Disponível em: http://www.scielo.org.mx/pdf/ib/v33n80/2448-8321-ib-33-80-133.pdf. Acesso em: 06 mar. 2022.
MENDONÇA, I. L.; FEITOSA, L. T.; DUMONT, L. M. M. Por uma relação cultural com a informação. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v. 12, n. 2, 2019. Disponível em: https://revistas.ancib.org/index.php/tpbci/article/view/498. Acesso em: 05 mar. 2022.
MIGUEL, M. A. F. Densa tessitura: uma leitura em contraponta, a visão da academia sobre a produção literária de Marina Colasanti. 2015. 275 f. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis, 2015. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/134289/miguel_maf_dr_assis.pdf. Acesso em: 05 mar. 2021.
MINAYO, C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12 ed. São Paulo: Hucitec, 2010.
MONTEIRO, M. A. de A. Temas e teimas: o discurso feminino e feminista de Marina Colasanti. Vitória, 2009, 104 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Centro de Ciências Humanas e Naturais, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2009. Dispomível em: https://repositorio.ufes.br/bitstream/10/3207/1/tese_2931_Maria%20Aparecida%20de%20Ara%C3%BAjo%20Monteiro.pdf. Acesso em: 03 abr. 2022.
MORGANTE, N. M., NADER, M. B. O patriarcado nos estudos feministas: um debate teórico. In: ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA DA ANPUH – RIO: SABERES E PRÁTICAS CIENTÍFICAS, 16., 2014, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos […] Rio de Janeiro: Casa Oswaldo Cruz, 2014. Disponível em: http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1399953465_ARQUIVO_textoANPUH.pdf. Acesso em: 05 mar. 2022.
NARVAZ, M.G.; KOLLER, S. H. Famílias e patriarcado: da prescrição normativa à subversão criativa. Psicologia & Sociedade, Recife, v. 18, n. 1, p. 49-55, jan/abr. 2006. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2017/10/7-NARVAZ-Martha-Giudice-KOLLER-S%C3%ADlvia-Helena.pdf. Acesso em: 05 mar. 2022.
OLIVA, A. S. R. A representação da violência contra mulher em alguns contos de Marina Colasanti. Londrina, 2011. 127 f. Dissertação (Mestrado em Letras – Estudos Literários) – Centro de Letras e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000168372. Acesso em: 03 abr. 2022.
PATRIARCHA, L. F.; FORTUNA, S. L. A. Ordem patriarcal de gênero, mediação e serviço social. Ex aequo, n. 37, p. 113-12, 2018. Disponível em: https://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-55602018000100009&lang=pt. Acesso em: 05 mar. 2022.
PERROTTI, E. Mediação cultural: além dos procedimentos. In: SALCEDO, D. A. (org.) Mediação cultural. São Carlos: Pedro & João Editores, 2016. p. 6-20.
PERROTTI, E.; PIERUCCINI, I. A mediação cultural como categoria autônoma. Informação & Informação, Londrina, v. 19, n. 2, p. 1-22, 2014. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/19992. Acesso em: 05 mar. 2022.
PRÊMIO JABUTI. História. [2022]. Disponível em: https://www.premiojabuti.com.br/historia/. Acesso em: 18 mar. 2022.
RIBEIRO, A. E. M. et al. A mulher representada nos livros de literatura infantil contemporâneos: sementes de ideias lançadas para possíveis brotos de reflexão. In: BRABO, T. S. A. M. (org.). Educação, mulheres, gênero e violência. Marília: Oficina Universitária, 2015. p. 241-354. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/educacao-mulheres-genero_ebook.pdf. Acesso em: 5 mar. 2022.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SAFFIOTI, H. I. B. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. 3 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SAMUEL, R. Novo manual de teoria literária. 6. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
SANTOS E. S.; GARCIA-RODRIGUES, K. A resistência feminina em contos de amor rasgados, de Marina Colasanti. Cadernos do Instituto de Letras, Porto Alegre, n. 54, p. 311-330, out. 2017. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/cadernosdoil/article/view/67895/44310. Acesso em: 27 mar. 2022.
SCAVONE, L. Estudos de gênero: uma sociologia feminista? Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 173-186, 2008. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/29766. Acesso em: 05 mar. 2022.
SOUZA, M. P. de. “Ricas abortam, pobres morrem, todas sofrem”: retrocessos, criminalização do aborto e as mobilizações feministas no Brasil em 2015 e 2017. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Centro de Letras e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2019. Disponível em: https://pos.uel.br/ppgsoc/teses-dissertacoes/ricas-abortam-pobres-morrem-todas-sofrem-retrocessos-criminalizacao-do-aborto-e-as-mobilizacoes-feministas-no-brasil-em-2015-e-2017. Acesso em: 03 abr. 2022.
VEILLETTE, J. Quand la culture fait médiation… Lien social et Politiques, Montréal, n. 60, p. 105-115, automne 2008. Disponível em: https://www.erudit.org/fr/revues/lsp/2008-n60-lsp2511/019449ar.pdf. Acesso em: 05 mar. 2022.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Lucilene Aparecida Francisco, Luciane de Fátima Beckman Cavalcante, Terezinha Elisabeth da Silva
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao encaminhar textos à InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, o autor concorda com as prerrogativas do DOAJ para periódicos de acesso aberto adotadas pela revista:
- concessão à revista o direito de primeira publicação sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite acessar, imprimir, ler, distribuir, remixar, adaptar e desenvolver outros trabalhos, com reconhecimento da autoria.
- autorização para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista , como a publicação em repositorios institucionais desde que o reconhecimento da autoria e publicação inicial na InCID
- leitores podem ler, fazer download, distribuir, imprimir, linkar o texto completo dos arquivos sem pedir permissão prévia aos autores e/ou editores, desde que respeitado o estabelecido na Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0).
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes.
