Geologia e Barroco
A Teoria Sacra da Terra de Thomas Burnet
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-2158.i12p48-66Palavras-chave:
Barroco, Thomas Burnet, Teoria da Terra, História da Geologia, Tempo profundoResumo
Este artigo discute as relações entre a obra Teoria Sacra da Terra, elaborada pelo teólogo anglicano inglês Thomas Burnet (1635-1715), e o Barroco vivenciado pela sociedade europeia seiscentista. Nessa análise, constatou-se a forte influência da cosmovisão barroca sobre o tempo na teoria geológica elaborada por Burnet, a qual, por sua vez, apresenta importantes contribuições para as teses elaboradas pela moderna Geologia sobre o tempo da Terra e a dinâmica de seus fenômenos. Diante disso, é possível perceber uma tensão teórica sobre o tempo já no século XVII, o qual antecede as discussões empíricas sobre o tempo profundo vivenciadas pela Geologia em fins do século XVIII e início do XIX.
Downloads
Referências
BETTINI, A. Cosmo e Apocalisse. Teoria del Millennio e Storia dela Terra nell’Inghilterra del Seicento. Firenze: Leo S. Olschki, 1997.
BIGNOTTO, N. O Círculo e a Linha. IN: NOVAES, A. (Ed.) Tempo e História. São Paulo: Cia. das Letras, p. 175 – 187, 1994.
BURNET, T. The Sacred Theory of the Earth: Containing an Account of the Original of the Earth, and of all the General Changes which it hath already undergone, or is to undergo, till the Consumma-tion of all Things. 6th Ed. London: J. Hooke, 1697. 2v. Frontispício. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=pt33OCWIB6EC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acessado em: 27 nov. 2021.
BURNET, T. The Sacred Theory of the Earth: Containing an Account of the Original of the Earth, and of all the General Changes which it hath already undergone, or is to undergo, till the Consumma-tion of all Things. 6th Ed. London: J. Hooke, 1726. 2v. p. 42-43. Disponível em: https://archive.org/details/sacredtheoryofe01burn. Acessado em: 27 nov. 2021.
GOHAU, G. Les Sciences de la Terre aux XVII et XVIII siècles. Naisance de la Géologie. Paris : Éditions Albin Michel, 1990. Série l’Évolution de l’humanité. E-book não paginado.
GOULD, S. J. Seta do Tempo, Ciclo do Tempo - Mito e metáfora na descoberta do tempo geológico. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
MARAVALL, J. A. A Cultura do Barroco. São Paulo: EDUSP, 1997.
RAPPAPORT, R. When geologists were historiens (1665 – 1750). New York: Cornell University Press, 1997.
ROGER, J. La théorie de la Terre au XVIIe siècle. Revue d’Histoire des Sciences, tome 26, nº 1, p- 23-48, 1973. Disponível em: http://www.persee.fr/doc/rhs_0151-4105_1973_num_26_1_3311. Aces-sado em: 27 nov. 2021.
ROSSI, P. Os sinais do tempo. História da Terra e história das nações de Hooke a Vico. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Alexandre Henrique da Silva dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution na modalidade "Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional" (CC BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Qualquer dúvida ou reclamação sobre direitos autorais devem ser direcionadas ao Conselho Editorial o qual apreciará e se manifestará conforme as diretrizes do Committee on Publications Ethics (COPE).