Considerações sobre a mudança do estatuto da ciência ao longo do século XX: da verdade universal à verdade contingencial

Autores

  • Alexander Lima Reis Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-2158.i16p1-20

Palavras-chave:

Estatuto da Ciência, Objetividade Científica, Verdade Universal, Verdade Contingencial

Resumo

O objetivo deste ensaio é traçar um panorama de como o estatuto da ciência foi modificado no decorrer do século XX. No início do texto, tem-se o intuito de apresentar dois modelos de ciência a partir da análise de um diagrama. A mudança entre esses modelos é compreendida por meio de um conjunto de obras de áreas diferentes dos séculos XX e XXI. Apropria-se da ciência e de seus elementos estruturantes como objeto para realizar uma síntese histórica e refletir sobre os novos vieses que têm tornado a ciência mais diversificada. O texto é um estímulo a estudantes que tenham interesse de aprofundar seus conhecimentos sobre a ciência e sua história.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BLOCH, Marc. Apologia da História ou O ofício de historiador. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

BRAUNSTEIN, Jean-François. Historical Epistemology, Old and New. In: BRAUNSTEIN, J. F.; SCHMIDGEN, H., SCHÖTTLER, P. Epistemology and History. From Bachelard and Canguilhem to Today’s History of Science. Berlim: Max-Planck-Institut für Wissenschaftsgeschichte, Preprint 434, pp. 33-40, 2012.

DASTON, Lorraine. Historicidade e objetividade. Tradução de Derley Menezes Alves e Francine Legelski (org. Tiago Santos Almeida). São Paulo: LiberArs, 2017.

DASTON, Lorraine; GALISON, Peter. Objectivity. Nes York: Zone Books, 2007.

DUPRÈ, Sven; SOMSEN, Geert. The History of Knowledge and the Future of Knowledge Societies. Ber. Wissenschaftsgesch. n. 42, 186-199, 2019. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/bewi.201900006. Acesso em: 10 jul. 2022.

FLECK, Ludwik . Gênese e Desenvolvimento de um Fato Científico: introdução à doutrina do estilo de pensamento e do coletivo de pensamento. Belo Horizonte: Fabrefactum Editora, 2010.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 2012.

GAVROGLU, Kostas. Elementos da História das Ciências. In: O Passado das Ciências como História. Porto: Porto Editora, 2007.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, 1995. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773. Acesso em: 30 jul. 2022.

HARDING, Sandra. Objetividade mais forte para ciências exercidas a partir de baixo. Revista Em Construção, n. 5, p. 143-162, 2019.

Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/emconstrucao/article/view/41257. Acesso em: 25 nov. 2022.

HELDEN, Albert van e HANKINS, Thomas L.. Introduction: Instruments in the History of Science. Osiris, v. 9, 1994. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/301995. Acesso em: 02 jul. 2022.

KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2013.

LATOUR, Bruno. A ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Unesp, 2000.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: Editora 34, 2008.

MAIA, Carlos. Introdução. In: História das Ciências: uma história de historiadores ausentes. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013.

MIGNOLO, Walter. Os esplendores e as misérias da ‘ciência’: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versalidade epistêmica. In: SANTOS, Boaventura S. (org) Conhecimento prudente para uma vida decente. São Paulo: Ed. Cortez, 2004.

NYHART, Lynn K.. Historiography of the History of Science. In: LIGHTMAN, Bernard (ed.). A Companion to the History of Science. John Wiley & Sons Incorporated, 2016.

ORESKES, Naomi. Why trust science? Perspectives from the History and Philosophy of Science. In: Why trust science?. Princeton/Oxford, Princeton University Press, 2019.

PESTRE, Dominique. Por uma nova história social e cultural das ciências: novas definições, novos objetos, novas abordagens. Cadernos IG Unicamp, n. 1 v. 6, 1996. Disponível em: https://ctsadalbertoazevedo.files.wordpress.com/2014/09/pestre1996.pdf. Acesso em: 25 out. 2022.

PLANCK, Max. Autobiografia científica e outros ensaios. Tradução: Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2012.

RAJ, Kapil. Além do pós-colonialismo... E pós-positivismo. Circulação e a História Global da Ciência. Tradução de Juliana Freire. Revista Maracanan, n. 13, 2015. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/20133. Acesso em: 26 jul. 2022.

SHAPIN, Steven. A revolução científica. Lisboa: Difel, 1999.

SHAPIN, Steven; SCHAFFER, Simon. El Leviathan y la bomba de vacio: Hobbes, Boyle y la vida experimental. Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes Editorial, 2005.

Downloads

Publicado

2024-03-27

Edição

Seção

Ensaios

Como Citar

Reis, A. L. (2024). Considerações sobre a mudança do estatuto da ciência ao longo do século XX: da verdade universal à verdade contingencial. Khronos, 16, 1-20. https://doi.org/10.11606/issn.2447-2158.i16p1-20