Edições anteriores

  • Khronos - Revista de História da Ciência

    n. 11 (2021)

    Número 11 da Revista Khronos

  • Dossiê “Artes, História das ciências e técnicas: interações”
    n. 10 (2020)

    Dossiê “Artes, História das ciências e técnicas: interações” e textos de fluxo sobre História da ciência e técnicas.

  • Khronos

    Ficção científica e a história da ciência e da técnica
    n. 9 (2020)

    Dossiê com trabalhos históricos sobre formas de relação entre ficção, ciência e técnica, mas também contém outras contribuições teóricas, em fluxo contínuo.

  • Dossiê "Desafios Contemporâneos"
    n. 7 (2019)

    O número 7 de Khronos apresenta o dossiê “Desafios Contemporâneos”, que traz uma seleção de trabalhos apresentados no Segundo Congresso de História da Ciência e da Técnica”, ocorrido na Universidade de São Paulo de 8 a 10 de abril de 2019.  Mais de duas centenas de trabalhos de docentes, alunos de graduação e pós-graduação foram discutidos, em meio a uma intensa programação que incluiu atividades culturais, bem como conferências e mesas-redondas.

  • n. 5 (2018)

    Este número 5 da Khronos reveste-se de uma importância especial, pois nele é apresentado um dossiê decorrente do Simpósio USP de História da Ciência e Tecnologia. Tratou-se de evento ocorrido em 13 e 14 de novembro de 2017 no campus Butantan da Universidade de São Paulo, organizado pelo CHC - Centro de História da Ciência em conjunto com o IEA - Instituto de Estudos Avançados da USP, e que contou com o apoio de entidades externas (Instituto Butantan e IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas), além de unidades da USP (Instituto de Física, Instituto de Matemática e Estatística, Instituto de Oceanografia, Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas).
  • n. 4 (2017)

    Na primeira metade do século XX, a institucionalização nos Estados Unidos e na Europa da História das Ciências como disciplina universitária também esteve ligada às suas potencialidades para o ensino de graduação em ciências. Por exemplo, o Journal of Chemical Education relata experiências norte-americanas pioneiras com a Química com este propósito. Um outro exemplo foi o livro Introdução à medicina [1931], de Henry Sigerist, rapidamente traduzido do alemão para outras línguas, que era um manual de iniciação do curso de medicina destinado aos jovens estudantes, mas escrito a partir de uma perspectiva histórica. No prefácio, o autor assim justificava essa nova empreitada: “Existe melhor procedimento para compreender uma ideia que fazer o leitor participar da sua elaboração? ”

    Por outro lado, de acordo com a epistemologia genética defendida por Jean Piaget, os estudantes, em seus primeiros contatos com a ciência, utilizam explicações muito semelhantes às utilizadas no passado das ciências para entender determinados fenômenos. Essa espécie de recapitulação histórica no aprendizado das crianças e adolescentes tinha algo a contribuir para o problema observado cada vez com maior intensidade na segunda metade do século XX, de uma queda no nível e aproveitamento no ensino de ciências nas etapas que correspondem ao ensino fundamental e médio. Iníciou-se então uma discussão internacional sobre a possibilidade de se inserir o ensino de História e Filosofia da Ciência no currículo escolar. Defendia-se que isto poderia enriquecer e humanizar o ensino de ciência, e ainda melhorar a formação do professor para o desenvolvimento de uma epistemologia mais eficiente da ciência.

    Na década de 1980 criou-se um projeto, vinculado ao departamento de Física de Harvard, para ser usado em escolas secundárias e baseado no uso da História da Ciência. Na Grã-Bretanha, a discussão também se inflamou e a partir da década de 1980 a introdução de História da Ciência no currículo equivalia a 5% do programa total. Desta forma procurou-se desenvolver nos estudantes a relação entre a mudança do pensamento científico através do tempo e sua utilização com os contextos sociais, morais e culturais em que estão inseridos.

    Estas propostas também tiveram reflexos no Brasil, embora aqui o campo de História da Ciência ainda fosse muito mais incipiente, especialmente na sua relação com as graduações em ciências, tecnologia ou medicina. Na década de 1970, a FUNBEC em associação com a Editora Abril lançou Os Cientistas, reunindo kits de experiências famosas com biografias dos cientistas envolvidos. No entanto, tanto em termos de ensino não-universitário quanto universitário, muitos livros didáticos de matemática, ciências, física, química e biologia inseriram alguma informação de História da Ciência, mas em geral dentro de uma visão meramente factual e cronológica, um desfile pouco saboroso de nomes de cientistas e datas. Uma das poucas tentativas recentes que romperam essa visão meramente cumulativa foi o Grupo Teknê, oriundo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que apresentou em quatro volumes uma Breve História da Ciência Moderna (Jorge Zahar Editora).

    Uma constatação bastante óbvia é que há um abismo na formação de professores separando ciências naturais de ciências humanas e que não permite a interdisciplinaridade necessária e condizente com o alvo de integração do conhecimento em todos os níveis. A edição deste número 4 da Khronos traz um dossiê que focaliza a temática História e Ensino de Ciências com seis artigos de especialistas que refletem sobre suas experiências práticas no Brasil. Esperamos que esta coletânea contribua para um aprofundamento do assunto e para uma sistematização de possíveis soluções aos problemas colocados acima.

    Alguns artigos complementam a presente publicação, sendo que três deles tratam de aspectos diversos da história brasileira da saúde pública e um último artigo aborda a cientificidade institucional de uma área das ciências humanas.

    Fechando este número, há uma tradução de capítulo da obra fundamental do biogeoquímico soviético Vladimir Vernadsky, O pensamento científico como fenômeno planetário. Escrito no final da Segunda Guerra Mundial e pouco antes do seu falecimento do seu autor, esse tratado de epistemologia é ainda pouco conhecido entre os leitores de língua portuguesa.