Platão, a transmigração das almas e Tito Lucrécio Caro

Autores

  • Maria da Gloria Novak Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i2p67-82

Palavras-chave:

teorias da imortalidade e da mortalidade da alma, teorias da reminiscência e do esquecimento da alma, teorias da composição da alma, concepções órfico-pitagórica, platônica e epicúria da alma

Resumo

Platão apresenta a teoria da reminiscência como prova da imortalidade da alma em Fédão, Fedro, Mênão e República; já em Fedro e República, descreve a composição tripartida da alma e a transmigração da alma. Por sua vez, Lucrécio, no De rerum natura, assim como Epicuro, na Carta a Heródoto, propõe a teoria do esquecimento e afirma que a alma é corpórea; demais, divide a alma em duas partes: animus e anima, ou espírito e alma, e em quatro elementos: calor, sopro, ar e uma quarta substância. Lucrécio, poeta, apóia-se na experiência: não nos lembramos; Platão, filósofo, no mito: saber é lembrar. O epicurismo afasta-se totalmente da concepção órfico-pitagórica e platônica de uma alma imortal: surgiu para livrar dos seus temores o homem, que, ante a morte, teme dores terríveis e eternas para a alma, e a insensibilidade para o corpo. Segundo o epicurismo, ambos os temores são irracionais: quando o homem existe a morte não está presente, e quando está presente o homem já não existe.

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Publicado

1998-10-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Novak, M. da G. (1998). Platão, a transmigração das almas e Tito Lucrécio Caro. Letras Clássicas, 2, 67-82. https://doi.org/10.11606/issn.2358-3150.v0i2p67-82