A Política Externa Brasileira e o Grupo dos Brics
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-4485.lev.2015.135212Palavras-chave:
BRICS, Política Externa Brasileira, Padrões de Votação na Assembléia Geral da ONUResumo
Este artigo tem o duplo objetivo de analisar o processo de formação da coalizão BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), apresentando os seus principais estágios de formação e suas proposições; bem como o de compreender se a política externa brasileira foi alterada (ou não) a partir da formação desta coalizão internacional. Analisamos o processo de formação a partir da possibilidade de os BRICS tornarem-se um novo polo de poder autônomo no sistema internacional. Apesar de existirem críticas a respeito da coesão dos interesses e orientações internacionais deste grupo, há evidências que demonstram um esforço de suas lideranças na elaboração de uma agenda internacional comum e na discussão dos padrões hegemônicos que orientam a governança econômica internacional. Analisamos os efeitos do surgimento do grupo BRICS na política externa brasileira a partir da análise dos padrões de votação do Brasil na Assembleia Geral da ONU (AG-ONU). O objetivo é observar se, além do discurso diplomático, o comportamento internacional do Brasil foi alterado com a configuração institucional do grupo. Para tanto, discutimos quais foram os efeitos da formação dos BRICS na política externa brasileira a partir da convergência entre os padrões de votação do Brasil e de seus parceiros na AG-ONU. Concluímos, enfim, que o surgimento dos BRICS não teve o impacto esperado na política externa brasileira. Os padrões de convergência pouco diferem entre período anterior e o posterior à formação do grupo.Downloads
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