O papel do leitor em Felpo Filva, de Eva Furnari
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v30i2p17-34Palavras-chave:
hipergênero carta, papel do leitor, literatura infantil, Felpo Filva, FTA e FFA.Resumo
Para se analisar a relação entre escritor-leitor além da mediação do texto, é preciso identificar as posições que ocupam. Antes da internet, não era comum o leitor se aproximar diretamente do escritor, salvo por cartas. Esse contato virtual (mas não digital) é modelar para compreendermos a relação do leitor com o autor pois, nas linhas escritas, aquele acaba por indicar como compreende a si e ao outro – em um jogo das faces, entendida nesse trabalho como Kerbrat-Orecchioni (2006) a caracteriza na conversação. Nesse hipergênero, sem restrições sócio-históricas e de categorização (MAINGUENEAU, 2010), há uma disposição obrigatória que constrange o remetente a identificar sua posição a partir do momento em que escolhe como se dirigir ao destinatário. Nessas formas de tratamento, começam a ser delineadas as relações de preservação ou de ameaça à face que se estendem ou se explicitam no tratamento dado ao tema da carta. Nesse artigo, tem-se como objetivo identificar, nas cartas trocadas pelos personagens centrais para o desenvolvimento da narrativa do livro Felpo Filva (FURNARI, 2006), Charlô e Felpo, respectivamente leitora e escritor, as concepções desses papeis nos nossos dias na perspectiva discursivo-dialógica em que os limites do texto para o leitor são ultrapassados.Downloads
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