A tensão entre a luz e a sombra
um estudo das mesclagens conceituais em Luzescrita, as obras intermidiáticas de Arnaldo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v32i3p137-158Palavras-chave:
Intermidialidade, Rajewsky, Clüver, Mesclagem conceitual, Arnaldo AntunesResumo
Este artigo apresenta os resultados de estudos das metáforas realizadas em uma pequena seleção de obras da exposição intitulada Luzescrita (2013-), que reúne as artes experimentais assinadas por Arnaldo Antunes, Fernando Lazslo e Walter Silveira. Foram selecionados trabalhos assinados por Arnaldo Antunes, com a montagem e registro permanente em fotografia de Fernando Lazslo, nos quais foram observados os embates entre dois ou mais conceitos que resultaram em um terceiro conceito renovado. A escritura poética de luz, estruturada pela tensão entre a luz e a sombra, acessa metáforas complexas e plurissignificativas que permitiram pensar em mesclagens de conceitos. Por metáforas compreendemos as combinações criativas entre unidades lexicais conhecidas que apresentam sentidos diferentes dos significados dicionarizados. A noção de efeito de genericidade de Adam e Heidmann (2004) permitiu identificar os traços poéticos e artísticos nas obras. Considerando a literatura e a arte como mídias distintas, podemos apontar o caráter híbrido das produções por meio da intermidialidade de Rajewsky (2002) e Clüver (206; 2007). O estudo da metáfora foi pautado na noção de mesclagem conceitual (FAUCONNIER; TURNER, 2002). A relevância deste estudo pauta-se no desenvolvimento de um novo método de pesquisa necessário para o escrutínio de objetos intermidiáticos e na novidade semântica observada.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Linha D'Água

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A aprovação dos manuscritos implica cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a Linha D'Água. Os direitos autorais dos artigos publicados pertencem à instituição a qual a revista encontra-se vinculada. Em relação à disponibilidade dos conteúdos, a Linha D'Água adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC Atribuição não comercial. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos autorais à revista.
Nesses casos, em conformidade com a política de acesso livre e universal aos conteúdos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou do Editor. Em quaisquer outras situações a reprodução total ou parcial dos artigos da Linha D'Água em outras publicações, por quaisquer meios, para quaisquer outros fins que sejam natureza comercial, está condicionada à autorização por escrito do Editor.
Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, resumen, partes do texto que excedam 500 palavras, tabelas, figuras e outras ilustrações) requerem permissão por escrito dos detentores dos direitos autorais.
Reprodução parcial de outras publicações
Citações com mais de 500 palavras, reprodução de uma ou mais figuras, tabelas ou outras ilustrações devem ter permissão escrita do detentor dos direitos autorais do trabalho original para a reprodução especificada na revista Linha D'Água. A permissão deve ser endereçada ao autor do manuscrito submetido. Os direitos obtidos secundariamente não serão repassados em nenhuma circunstância.