Multiletramentos no ensino de argumentação emancipadora
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v36i3p91-105Palavras-chave:
Argumentação, Prática Social, Projeto de Letramento, Ensino-Aprendizagem, Anos IniciaisResumo
As práticas comunicativas da sociedade contemporânea requerem usos sociais da lingua(gem) que ressignificam a leitura e a escrita convencionais. Nessas práticas, incluem-se situações em que, para agir no mundo em busca de garantia de direitos, precisamos argumentar. Cientes da necessidade de investimento nessas práticas, este artigo analisa a potencialidade dos multiletramentos no ensino de argumentação como prática social emancipadora, viabilizado por um projeto de letramento (PL) desenvolvido em uma turma do 5o ano dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola pública norte-rio-grandense. Para tal, utilizamos um recorte dos dados focalizado na rede de atividades e de gêneros discursivos que emergiu no desenrolar do citado PL. Os resultados da análise sinalizam tanto para a ressignificação das práticas de ler, escrever, escutar, falar e oralizar textos impressos, digitais, multissemióticos, multimidiáticos quanto para o potencial dos multiletramentos para transformar professoras e estudantes em agentes que argumentam com vistas a mudanças sociais, ponto central no ensino de argumentação em uma perspectiva emancipadora.
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