A forma do porvir: literatura vitoriana, a máquina, as classes ou sobre a ficção científica de H. G. Wells en fin de siècle e um estudo sobre The time machine

Autores

  • Amanda Naves Berchez Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2022.184251

Palavras-chave:

H. G. Wells, Ficção científica, Literatura vitoriana, Romance industrial, Distopia

Resumo

O principal objetivo deste artigo é demostrar como o romance vitoriano The time machine de H. G. Wells reverbera, pelas óticas da ficção científica e distópica, questões (de ordem, sobretudo, social) intensamente exploradas no gênero romanesco industrial, também nomeado condition-of-England novels, ao exemplo das lutas de classes e da desumanização para com o proletariado no nicho industrial. Para tanto, recuperamos tanto histórica quanto teoricamente todos os referidos gêneros e formas literários.

Biografia do Autor

  • Amanda Naves Berchez, Universidade Estadual de Campinas

    Doutoranda em Estudos Literários pela Faculdade de Ciências e Letras (FCL/CAr) da Universidade Estadual Paulista (UNESP); mestra em Teoria e História Literária pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); graduada em Letras pelo Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Contato: amanda.berchez@unesp.br.

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Publicado

2022-12-30

Como Citar

BERCHEZ, Amanda Naves. A forma do porvir: literatura vitoriana, a máquina, as classes ou sobre a ficção científica de H. G. Wells en fin de siècle e um estudo sobre The time machine. Literartes, São Paulo, Brasil, v. 1, n. 17, p. 51–77, 2022. DOI: 10.11606/issn.2316-9826.literartes.2022.184251. Disponível em: https://revistas.usp.br/literartes/article/view/184251.. Acesso em: 21 dez. 2024.