Horrorshow: a ultraviolência como elemento distópico em Laranja mecânica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2023.187893Palavras-chave:
Laranja mecânica, Distopia, ViolênciaResumo
O presente artigo busca analisar a relação entre violência e distopia presente no romance Laranja mecânica (1962), de Anthony Burgess. A interpretação da obra é baseada em textos teóricos do próprio autor em conjunto com textos da crítica literária sobre os gêneros utópico e distópico, bem como os que analisam a ficção científica como gênero literário do qual a distopia faz parte. Um elemento muito presente no gênero é o teor político, por isso não poderiam ser ignoradas as análises políticas a respeito dos eventos do século XX que servem como plano de fundo para a contextualização do enredo e de suas críticas, para que ao fim se possa verificar como a violência é o tema central da obra e como diversas perspectivas e debates são levantados pelo romance no que se refere à reabilitação, criminalidade e sociedade.
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