Histórias da ficção científica: O desafio da periodização em "A verdadeira história da Ficção Científica", de Adam Roberts
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2023.216778Palavras-chave:
Ficção científica, Era Pulp, História, Teoria LiteráriaResumo
O autor e crítico britânico Adam Roberts, em seu livro A verdadeira história da Ficção Científica, projeta o início da ficção científica (FC) para a Antiguidade Clássica. Esta resenha crítica pretende analisar a premissa histórica do autor tendo em vista o desafio da periodização essa espécie literária, contrastando com ideias críticas de Brian Aldiss, Gary Westfahl, James Gunn, Mark Bould e Sherryl Vint, sem esquecer de autorias brasileiras, como André Carneiro, Braulio Tavares, Raul Fiker e Roberto Causo, entre outras autorias. Ainda se analisará a premissa anglocêntrica de Roberts, ao não visibilizar contribuições científicas de civilizações árabes e ibéricas, entre outras, embora se frise a validade da obra para ampliar as perguntas críticas no estudo contemporâneo.
Referências
ALDISS, Brian. Billion Year Spree: The History of Science Fiction. Londres: Weidenfeld and Nicolson, 1973.
BOULD, Mark et al. The Routledge Companion to Science Fiction. Londres: Routledge, 2009.
BOULD, Mark e VINT, Sherryl. The Routledge Concise History of Science Fiction. Londres: Routledge, 2011.
BOYER, Carl e MERZBACH, Uta. História da Matemática. São Paulo: Blücher, 2012.
CARDOSO, André Cabral de Almeida; PORTILHO, Carla de Figueiredo. Os dilemas do indefinido: utopia, fluidez e subjetividade em Stone, de Adam Roberts. In: Ilha Desterro, Florianópolis , v. 70, n. 2, p. 107-118, 2017. Disponível em https://doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n2p107. Acesso em 30/09/2023.
CARNEIRO, André. Introdução ao Estudo da “Science-Fiction”. São Paulo: Imprensa Oficial, 1968.
CAUSO, Roberto. Ficção científica, fantasia e horror no Brasil, 1875 a 1950. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
EVANS, Arthur. The Origins of Science Fiction Criticism: From Kepler to Wells. In: Science Fiction Studies. N. 78, v. 26, jul. 1999. Disponível em https://www.depauw.edu/sfs/backissues/78/evans78art.htm. Acesso em 30/09/2023.
FIKER, Raul. Ficção Científica — Ficção, Ciência ou uma Épica da Época. Porto Alegre: L&PM, 1985.
GUNN, James. Alternate Worlds: The Illustrated History of Science Fiction. Jefferson: McFarland, 2018.
MORE, Thomas. Utopia. (edição latim-português, trad. Márcio Meirelles Gouvêa Júnior). São Paulo: Autêntica, 2017.
ROBERTS, Adam. Science Fiction — The New Critical Idiom. Londres: Routledge, 2006.
ROBERTS, Adam. A verdadeira história da Ficção Científica. Trad. Mário Molina, São Paulo: Seoman, 2018.
SCHROEDER, Gilberto. Ficção Científica. São Paulo: Francisco Alves, 1986.
SUVIN, Darko. Metamorphoses of science fiction: on the poetics and history of a literary genre. New Haven: Yale University, 1979.
TAVARES, Bráulio. O que é Ficção Científica. São Paulo: Brasiliense, 1986.
WESTFAHL, Gary. The Mechanics of Wonder: The Creation of the Idea of Science Fiction. Liverpool: Liverpool University Press, 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ana Rüsche

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).