FANTASMAS (IN)TANGÍVEIS NOS CONTOS DE MURILO RUBIÃO
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i10p88-98Palabras clave:
Murilo Rubião, estranho e familiar, sujeito e sociedade, desejo e angústia, falta e linguagem.Resumen
A partir do tratamento que Freud dispensa ao significante alemão unheimlich, será examinada a questão das epígrafes bíblicas no texto de Murilo Rubião, como recurso para dar voz a fantasmas do sujeito. Esse agenciamento do conceito de fantasma aponta a inegável possibilidade de leitura dos contos murilianos pela vertente da psicanálise (raríssima, no entanto). Travessias complexas da subjetividade, conflitos do sujeito são matéria sempre da memória de sua literatura fantástica, que trata, à exaustão, do conflito entre pulsão e sua regulação, entre indivíduo e seu entorno, representado, sobretudo, pela alusão aos laços familiares, à família, ao clã, como instância primeira do mal-estar. No entanto, no texto de Rubião, os fantasmas − inquietantes, estranhos − são familiarizados por um trabalho obsessivo com o código lingüístico, com a forma do texto que, previsto, ortodoxo, tradicional e clássico, faz convergir para si, como significante, um significado tensionado entre lógico e alógico/ilógico; real e supra-real, aquietando, ainda que fugaz e ilusoriamente, a estranheza.Descargas
Los datos de descarga aún no están disponibles.
Descargas
Publicado
2007-12-06
Número
Sección
Ensaios
Cómo citar
Morais, M. M. de. (2007). FANTASMAS (IN)TANGÍVEIS NOS CONTOS DE MURILO RUBIÃO. Literatura E Sociedade, 12(10), 88-98. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i10p88-98