O Michelet de Roland Barthes na revista Esprit

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i54p129-143

Palavras-chave:

Roland Barthes, Revista Esprit, Jules Michelet

Resumo

Antes de publicar seu livro de estreia, Le degré zéro de l’écriture, em 1953, Roland Barthes experimentou uma escrita de crítico-ensaísta em alguns periódicos da intelectualidade francesa, a exemplo dos jornais Combat, órgão da Resistência, e L’Observateur, e das revistas Existences e Esprit. Fundada por Emmanuel Mounier e dirigida por Albert Béguin, a Esprit acolheu Barthes em 1951, mantendo-o como colaborador até 1971. Entre 1951 e 1953, Barthes publicou, nas páginas da revista, seis textos. Ainda em 1951, nosso crítico escreveu um estudo sobre o historiador Jules Michelet, “Michelet, l’Histoire et la Mort”, que seria recuperado e refundado em seu livro de 1954, Michelet par lui-même. Neste trabalho, faremos uma leitura desse texto para identificar algumas das permanências e transformações empenhadas por Barthes, ao recolher essas reflexões preparatórias e experimentais e ao organizar seu Michelet.

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Biografia do Autor

  • Fúvia Fernandes Pereira, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Ciências e Letras de Assis

    Mestra em Letras pela Faculdade de Ciências e Letras, Assis (Unesp). Foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processo n° 2021/08057-8. Estuda a obra de Roland Barthes.

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

Pereira, F. F. (2024). O Michelet de Roland Barthes na revista Esprit. Manuscrítica: Revista De Crítica Genética, 54, 129-143. https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i54p129-143